Volta a Portugal: António Carvalho (ABTF-Feirense) revela tentativa de desestabilização

Volta a Portugal: António Carvalho (ABTF-Feirense) revela tentativa de desestabilização

20/08/2023 0 Por Angelo Manuel Monteiro

António Carvalho (ABTF-Feirense) denunciou este sábado uma tentativa de destabilização ocorrida na noite de sexta-feira, com o quarto classificado da 84.ª Volta a Portugal em bicicleta a recusar revelar o que aconteceu.

“Na subida [à Senhora da Graça], vinha simplesmente a sofrer, vinha muitas das vezes com as pernas a rebentar, mas só pensava “tenho que fazer isto por mim”, pela minha família, pelo presidente e por todas aquelas pessoas que me apoiam e me apoiaram hoje e ontem [sexta-feira] ao final do dia”, começou por dizer.

Apesar da muita insistência dos jornalistas, que reiteradamente tentaram perceber a que se referia Carvalho, o líder da ABTF-Feirense limitou-se a dizer que “foi algo de muito grave mesmo”.

“O que aconteceu tem a ver com a minha questão profissional, tem a ver com a minha família e, acima de tudo, com a minha profissão. Não sei quem o fez, eu e a equipa e os patrocinadores devemos levar isto até às últimas consequências por ser algo tão grave, por me tentar destabilizar e aproveito para dizer, seja quem [for que] fez isso, que a Volta a Portugal não é nada mais, nada menos acima do que nós somos como pessoa”, defendeu.

Diretamente questionado sobre se a causa da desestabilização foi uma ameaça, o terceiro classificado da Volta’2022 negou. “Não foi ameaça, não vou falar mais… já ontem [sexta-feira] ao final do dia eu e o treinador estivemos a falar os dois, hoje soube o presidente, soube o patrocinador e antes da partida estivemos a falar os quatro e eles apoiaram-me a 100% e isso é que é o mais importante. Por isso, agora, posso dizer que irei pensar no dia de amanhã”, referiu.

O ciclista natural de S. Paio de Oleiros revelou ainda que “durante a etapa veio muitas vezes esse tema à cabeça”. “Estou de consciência tranquila, mas sim só pensava como é que alguém tem coragem para fazer o que fizeram a uma pessoa. Quem o fez não pode ter escrúpulos, não pode ter nada”, insistiu.

«Vinha a sofrer, muitas das vezes com as pernas a rebentar durante a subida, mas só pensava ‘tenho de fazer isto’, por mim, pela minha família, pelo presidente [do Feirense] e por todas as pessoas que me apoiam e apoiaram. O que se passou? Não irei falar: foi algo de muito grave, alguém me tentou desestabilizar. Não se faz isso nem ao pior inimigo», foi a acusação não plenamente concretizada deixada aos jornalistas no Monte Farinha pelo corredor de 33 anos.