Trabalhadores da Lactogal  em Oliveira de Azeméis Paralisam Para Uma Greve Exigindo Melhoria nas Condições Laborais

Trabalhadores da Lactogal em Oliveira de Azeméis Paralisam Para Uma Greve Exigindo Melhoria nas Condições Laborais

30/10/2024 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Os trabalhadores da Lactogal, empresa responsável por marcas como Agros, Matinal, Mimosa, Primor e Vigor, em Oliveira de Azeméis, agendaram para hoje uma greve, reivindicando aumentos salariais, valorização do trabalho noturno e por turnos, subsídio de frio e a reposição de diuturnidades. O pré-aviso de greve foi enviado pelo Sintab (Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal) esta semana, abrangendo toda a jornada de trabalho.

A decisão de greve foi votada após o plenário realizado no passado dia 11 de outubro na unidade da Lactogal em Oliveira de Azeméis. Segundo o sindicato, a administração da Lactogal ignorou quatro pedidos de reunião e, somente após receber o aviso de greve, propôs um encontro para o dia 29 de outubro, véspera da paralisação.

Entre as principais exigências, os trabalhadores pedem um ajuste salarial mínimo de 150 euros em 2024 e que os salários sejam nivelados para garantir equidade em funções idênticas. Exigem também a valorização do trabalho noturno e por turnos, a atualização do subsídio de frio, congelado há 20 anos, a reinstituição das diuturnidades e pausas apropriadas para quem trabalha em condições adversas.

Nos últimos plenários, foram ainda levantadas queixas de assédio no local de trabalho e de pressão sobre trabalhadores que exercem direitos de parentalidade.

A greve ocorre num contexto de insatisfação na cadeia de produção, com produtores de leite alertando para uma nova redução de três cêntimos no preço pago pela matéria-prima.

Greve na Lactogal Deixa Operações em Risco, Sindicato Exige Propostas Concretas

A greve convocada pelos trabalhadores da Lactogal na unidade de Oliveira de Azeméis esta quarta-feira, 30 de outubro, teve impacto significativo na produção, com o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) a reportar que alguns setores encontram-se “quase parados.” A empresa, por sua vez, afirma que a adesão dos funcionários à greve é limitada.

Logo pela manhã, cerca de 40 trabalhadores reuniram-se à entrada da fábrica para exigir aumentos salariais, subsídios e melhores condições laborais. Em declarações aos jornalistas, o dirigente sindical Avelino Mesquita criticou a postura da administração da Lactogal após uma reunião na terça-feira, onde, segundo ele, não foi apresentada “nenhuma proposta concreta” em resposta às exigências dos trabalhadores. “Saímos com as mãos cheias de nada,” resumiu Mesquita.

A greve reflete uma série de reivindicações por parte dos trabalhadores da Lactogal, que pedem aumentos salariais, valorização do trabalho por turnos, subsídio de frio e reativação das diuturnidades, benefícios que consideram essenciais para compensar as condições adversas nas quais operam.

O sindicato promete continuar a luta até que a administração apresente propostas significativas que atendam às necessidades dos trabalhadores.

Foto: DR