Operação “Natal e Ano Novo 2024/2025” da GNR Registou 20 Mortes e Mais de 3.200 Acidentes

Operação “Natal e Ano Novo 2024/2025” da GNR Registou 20 Mortes e Mais de 3.200 Acidentes

03/01/2025 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Durante a operação “Natal e Ano Novo 2024/2025”, realizada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) entre 18 de dezembro e 2 de janeiro, 20 pessoas morreram, mais uma vítima do que no período homólogo, informou a guarda esta sexta-feira.

Em declarações à Lusa, a tenente-coronel Mafalda Almeida detalhou que, durante a operação, foram registados 3.234 acidentes, uma redução de 321 em relação à operação de 2023/2024, que contou com 3.665 acidentes. No entanto, as vítimas mortais aumentaram ligeiramente, passando de 19 para 20. Além disso, a operação resultou em 87 feridos graves e 972 feridos ligeiros.

Comparando com o ano anterior, em que a operação teve início três dias antes, em 15 de dezembro, os dados mostram uma leve diminuição nos feridos graves e ligeiros, mas a tendência de acidentes continua a ser uma preocupação. Em 2023/2024, a GNR registou 24 vítimas mortais durante todo o período de fiscalização.

Durante a operação, a GNR fiscalizou 155.578 condutores, tendo detetado 1.404 casos de excesso de álcool, dos quais 691 motoristas foram detidos com uma taxa de álcool no sangue superior a 1,2 g/l. Além disso, foram detidas 257 pessoas por condução sem habilitação legal.

A operação resultou ainda na detecção de 27.654 contraordenações rodoviárias, destacando-se 6.597 infrações por excesso de velocidade e 713 por excesso de álcool. Foram registadas 506 infrações por uso indevido do telemóvel a conduzir e 2.576 por falta de inspeção periódica obrigatória.

No campo da criminalidade, a GNR deteve 63 pessoas por tráfico de droga, 26 por posse ilegal de armas e 37 por furto e roubo. A apreensão de substâncias como heroína, cocaína, haxixe e canábis totalizou mais de 9.000 doses, além de 120 armas e 603 munições.

No âmbito das ações de prevenção criminal e policiamento comunitário, os militares da GNR visitaram 6.744 idosos durante o período da operação.

Mafalda Almeida sublinhou que, apesar dos aumentos nas fiscalizações e patrulhamentos, o balanço da operação só seria positivo se não houvesse o registo de acidentes graves e vítimas mortais. A responsável reiterou a importância de corrigir comportamentos de risco entre os condutores e destacou a importância do contributo coletivo da sociedade para a redução da sinistralidade rodoviária.

“As campanhas têm o seu papel, mas é necessário que todos nós, enquanto sociedade, contribuamos para a segurança nas estradas”, concluiu.

Foto: DR