
Fundação Serralves e a Universidade Católica debatem “Qual o poder da convivência intergeracional (no trabalho) no combate ao idadismo?” no dia 3 de março
29/02/2024(Texto de Mariana Carrilho)
No domingo, dia 3 de março, pelas 11h00, na Biblioteca da Fundação de Serralves, terá lugar uma sessão integrada no Ciclo de Conversas “Alimentar uma Causa”, uma iniciativa promovida pela Fundação de Serralves, juntamente com a Universidade Católica Portuguesa no Porto.
A oradora Helena Gonçalves convidou Adelaide Martins e Susana Magalhães para abordar o tema “Qual o poder da convivência intergeracional (no trabalho) no combate ao idadismo?”.
Ao longo da conversa irão ser mencionados alguns resultados do inquérito “Ética e Diversidade Geracional no trabalho: olhares de quatro gerações”, realizado pelo Fórum de Ética da Católica Porto Business School que incidiu sobre, maioritariamente, três temas: perceções sobre a convivência entre gerações no trabalho, preconceitos no trabalho com base na idade e preferências geracionais sobre a organização e o trabalho.
Ambas as convidadas para o debate têm experiência profissional relevante para o tema da sessão. Adelaide Martins é assessora do Conselho de Administração da Ascendi e Susana Magalhães é coordenadora da Unidade de Conduta Responsável em Investigação (Ethics & Integrity Officer) no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, docente e investigadora em Bioética e Medicina Narrativa, e coautora do estudo que irá ser abordado.
Helena Gonçalves, coordenadora do Fórum de Ética da Católica Porto Business School, revelou que “com este trabalho, procurou-se responder a várias questões, nomeadamente: Quais são as maiores preocupações motivadas pela idade? As diferentes gerações sabem o que é “idadismo”? Já o sentiram ou testemunharam? Se sim, reportaram-no? Se não reportaram, quais as razões? Quais são os agentes e os meios de combate ao idadismo considerados mais relevantes? Qual é o papel das organizações na construção de uma cultura de hospitalidade e de inclusão etária?”.
Acrescenta ainda que “as respostas a estas e outras perguntas ajudam a compreender o poder da convivência intergeracional [no trabalho] no combate ao idadismo, entendido como a existência de estereótipos (como pensamos), preconceitos [como sentimos] e discriminação [como agimos] com base na idade”.
No Relatório Mundial sobre o Idadismo da OMS de 2021, onde se inclui um estudo de Rychtaříková, é revelado que, de 1005 portugueses entrevistados, 38 % considera que a discriminação para com pessoas que estejam acima dos 55 anos é relativamente comum, tendo 17% afirmado que é algo bastante habitual de acontecer.
A sessão do domingo é de entrada gratuita, porém com necessidade de inscrição prévia.
Foto: DR Fundação Serralves