
Volta a Portugal: Sprint e Estratégia Definem Etapa Entre Santarém e Lisboa
26/07/2024A etapa da Volta a Portugal que ligou Santarém a Lisboa foi marcada por uma corrida rápida e estratégica, muito aguardada pelos sprinters. Embora a etapa fosse considerada uma das mais acessíveis desta edição, o dia foi repleto de táticas e disputas acirradas.
O pelotão foi marcado por uma fuga inicial composta por Zach Gregg, da equipa Project Echelon Racing, e César Fonte, da Rádio Popular-Paredes-Boavista. A tática da fuga teve um impacto significativo quando César Fonte decidiu recuar após conquistar a pontuação máxima na única contagem de montanha do dia em Santarém. Isso deixou Zach Gregg na liderança solitária da corrida.
Com a cabeça de corrida unicamente composta por Gregg, a atenção dos ciclistas virou-se para as metas volantes. Luís Fernandes e António Carvalho, aproveitando a ausência de competição na frente, somaram tempos importantes com bonificações nas metas volantes: Fernandes conquistou 1 segundo na primeira meta e Carvalho ganhou 2 segundos na segunda, reduzindo a diferença para Colin Stussi na classificação geral.
A 60 quilómetros do final, o ritmo do pelotão acelerou devido ao medo de possíveis cortes causados pelos ventos laterais. Em apenas 10 quilómetros, Zach Gregg foi alcançado pelo grupo principal. Apesar da alta velocidade, o pelotão manteve-se compacto e organizado, conseguindo evitar cortes significativos
Ao chegar a Vila Franca de Xira, o pelotão ainda não tinha mostrado sinais de cansaço. Colin Stussi aproveitou a meta volante na cidade para ganhar 3 segundos de bonificação, enquanto António Carvalho assegurou 1 segundo adicional. O ritmo continuou intenso e o grupo permaneceu unido enquanto se dirigiam para a etapa final, rumo a Marvila, em Lisboa.
A chegada a Lisboa promete ser um momento decisivo, com a expectativa de um sprint final que pode redefinir a liderança da Volta a Portugal. A etapa foi um claro exemplo de como a combinação de estratégias, bonificações e a habilidade dos sprinters pode moldar a corrida e trazer novos contornos à competição. O pelotão está preparado para mais uma etapa emocionante, com todos os olhos voltados para a luta pela vitória final.
Várias equipas iam passando pela frente, nenhum comboio conseguia dominar e, num final bastante técnico isso foi fundamental. Na última curva a 300 metros do fim, Nicolas Tivani arriscou, ganhou alguma vantagem e nunca mais foi apanhado. O espaço ganho na curva foi mais que suficiente para depois lançar o sprint com vantagem e triunfar em Marvila. O seu companheiro de equipa Tomás Contte foi 2º, dando a dobradinha à Aviludo – Louletano – Loulé Concelho, com Scott McGill a completar o pódio. O melhor português foi Rodrigo Caixas em 10º.
Na geral, Colin Stussi vai de camisola amarela vestida para a etapa da Serra da Estrela, com os mesmos 32 segundos de vantagem para António Carvalho. Luís Fernandes está a 59 segundos do helvético.
Amanhã segue-se a etapa (3ª) “rainha” da volta. A subida à Serra da estrela.
Foto: Podium