
Viagem Medieval volta a Santa Maria da Feira a 3 de agosto com entradas gratuitas
05/07/2022A Viagem Medieval de Santa Maria da Feira arranca a 3 de Agosto e, após dois anos de interregno devido à pandemia, aposta em novas propostas infanto-juvenis, garantindo entrada gratuita às crianças e jovens que residem no município.
Promovida por aquela autarquia do distrito de Aveiro e organizada pela empresa municipal Feira Viva, a 25.ª edição do evento está orçada em 1,5 milhões de euros, vai decorrer até 14 de Agosto e ocupará 33 hectares do centro histórico da cidade com espectáculos, tabernas e mercados, para assim recriar os tempos da Primeira Dinastia – cobrindo em 11 dias nove reinados do período entre 1143 e 1383.
“Depois de tanto tempo sem Viagem, queremos que a edição deste ano volte a unir toda a gente e a entrada gratuita para as crianças do concelho é uma forma de cultivar o sentimento de pertença ao território, reforçando a ligação dos mais novos à terra através daquele que é o seu evento de referência”, declara à Lusa o presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa.
Com entradas diárias a preços dos 0 aos 5 euros e pulseiras livre-trânsito que variam entre os 8 e os 10 consoante a respectiva data de aquisição, a Viagem de 2022 passa a ser de acesso livre para todas as crianças e jovens que residam no concelho de Santa Maria da Feira e que frequentem até ao 9.º ano de escolaridade, independentemente do município onde estudem.
Entre essas novas áreas temáticas inclui-se “Era uma vez a Primeira Dinastia”, palco de um espectáculo pago de 30 minutos com quatro encenações diárias para contar a história dos primeiros reis de Portugal, e o “Terreiro dos Infantes”, envolvendo uma mostra gratuita de ofícios ligados ao quotidiano medieval e às lides da guerra – entre os quais a tinturaria, as artes de escrita e iluminura, e o fabrico de cotas de malha.
O espaço habitualmente ocupado pelo “Treino dos Escudeiros” vai igualmente ser reconfigurado com novas actividades, como o lançamento de ferraduras, o circuito de arvorismo e o jogo do galo.
Este ano, a organização do evento que em 2019 recebeu cerca de 700.000 visitantes optou por também redefinir a posição de outras áreas temáticas, de forma a viabilizar espaços mais amplos e abertos. Isso significa, por exemplo, que o Largo do Rossio deixará de ter restaurantes e que, tanto à zona infantil como às tabernas atrás das Piscinas Municipais, se passará a poder aceder pelo lugar do Carvalhal e pela nova ciclovia ao longo do rio Cáster.
“O espírito é o mesmo, mas assim garante-se uma circulação mais fluida nos circuitos alimentares e facilita-se o acesso às zonas verdes”, conclui Emídio Sousa.