Valongo tem pela frente um ano como “embaixador verde”

Valongo tem pela frente um ano como “embaixador verde”

16/07/2022 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Depois de ter recebido o prémio europeu Green Leaf 2022, Valongo tem pela frente um ano como “embaixador verde”. Por detrás da distinção, há uma abordagem à sustentabilidade que procura valorizar o capital natural e humano para encontrar soluções aos desafios climáticos e sociais.

Com mais de 58% do território coberto de floresta, não há dúvida de que Valongo é um município onde a cor verde está presente. E o verde dos recursos naturais alastra-se também à gestão urbana, inspirada pelo conceito de “eco-cidade”, reconheceu a Comissão Europeia, quando, em Setembro, atribuiu o prémio Green Leaf 2022 ao município português.

Foi assim que Valongo se tornou um “embaixador verde” para este ano. Mas esta não é a primeira vez que a autarquia se destaca pelas políticas de sustentabilidade. Também em Setembro, a Associação Bandeira Azul da Europa atribuiu a Valongo a Bandeira Verde, na cerimónia Galardão Bandeira Verde ECOXXI. “É uma prática habitual do município expor as suas actividades e sujeitá-las a avaliação externa”, refere o presidente da câmara municipal (CM), José Manuel Ribeiro, exemplificando com a submissão de dados ao Carbon Disclosure Project. Na visão do município, há a certeza de que “essa avaliação acrescenta valor aquando do aprimoramento das ferramentas de gestão e de avaliação interna”.

Criado em 2014, o prémio europeu Green Leaf é uma iniciativa da Comissão Europeia cuja finalidade é reconhecer cidades com 20 mil a 100 mil habitantes que demonstrem um forte histórico e compromisso ambiental e sejam capazes de actuar como “embaixadoras verdes”, inspirando outras cidades a tornarem-se mais sustentáveis.

O galardão Green Leaf é, assim, recebido como uma “validação” do caminho, do desempenho e da proactividade pelo qual o município se tem pautado. Conservação da natureza e da biodiversidade, uso sustentável do solo, garantia da qualidade da água, promoção da economia circular, mobilidade sustentável, eficiência energética, redução de ruído e colaboração cívica e intermunicipal são áreas pelas quais Valongo primou nesta candidatura.

Mais do que o prémio pecuniário de 200 mil euros, “um importante suporte para o arranque de alguns projectos”, o autarca sublinha que este é um “prémio de reconhecimento, que traz consigo uma série de benefícios”, desde a revelação de talentos ao aumento de vontades e emoções positivas. “São compensações difíceis de medir, mas imensamente importantes no dia-a-dia dos cidadãos” e uma fonte de motivação para “ir mais além, fazer mais e melhor, envolvendo ainda mais a comunidade”.