Rui Moreira apoia centro de acolhimento a imigrantes no Porto, desde que promova “condições de humanidade”

Rui Moreira apoia centro de acolhimento a imigrantes no Porto, desde que promova “condições de humanidade”

21/10/2024 0 Por Angelo Manuel Monteiro

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, considerou esta segunda-feira como positiva a abertura de um centro de acolhimento a imigrantes na cidade, sublinhando que o seu propósito deve ser “criar condições de humanidade” para os que chegam ao país.

“Se for no sentido de criar condições de humanidade para que as pessoas que cá estão, e mesmo as que não possam cá permanecer, sejam bem tratadas, eu acho bem”, afirmou o autarca, à margem da conferência internacional Segurança Urbana 5.0 – Os Desafios Na Era da Inteligência.

No entanto, Rui Moreira disse não ter compreendido “exatamente” a intenção anunciada pelo Governo. A iniciativa foi mencionada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o encerramento do 42.º Congresso Nacional do PSD, onde revelou a criação de dois centros de acolhimento a imigrantes, um no Porto e outro em Lisboa, como parte das “sete novas decisões” para o país.

Questionado sobre o tema, Rui Moreira defendeu que o centro seria positivo, especialmente para ajudar imigrantes em situação irregular, evitando que fiquem em condições precárias. “Se a pessoa puder ser instalada num local para se verificar se pode ser legalizada, se não pode, se tem um problema qualquer e tem de regressar ao país de origem, acho muito bem que haja capacidade de acolhimento”, acrescentou.

Durante a conferência, dedicada aos desafios da segurança urbana, o presidente da câmara destacou que cidades cosmopolitas exigem “sociedades abertas” e a aceitação da multiculturalidade. “Temos de ser capazes de explicar à população que quem cá vive é portuense, independentemente se nasceu cá ou não”, afirmou.

Rui Moreira também expressou frustração com as críticas à diversidade cultural, afirmando “não aguentar mais o queixume” de quem não compreende a multiculturalidade. Reforçou que as cidades “não são propriedades de ninguém” e que o espaço público pertence a todos. O autarca concluiu destacando que, quando o espaço público é acolhedor e inclusivo, também se torna mais seguro.

Foto: DR