Preços Disparam e Dificultam Acesso à Habitação no Distrito do Porto

Preços Disparam e Dificultam Acesso à Habitação no Distrito do Porto

02/07/2024 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Nos últimos anos, arrendar ou comprar casa tem sido um verdadeiro desafio no distrito do Porto, afetando jovens, casais e famílias que procuram ampliar o espaço. Segundo o barómetro do Imovirtual divulgado em 27 de junho, os preços médios de arrendamento e venda continuam a aumentar, refletindo um cenário preocupante.

A nível nacional, os preços de arrendamento dispararam mais de 50%, aumentando em média 525€ desde junho de 2023. Em comparação com o mês anterior, o acréscimo foi de 12,96%.

No Porto, o custo médio para arrendar uma casa atingiu 1.300€ em junho deste ano, marcando um aumento de 8% em relação ao mês anterior e de 18,18% comparado ao mesmo período do ano passado, representando um acréscimo de 200€.

No distrito do Porto, o concelho da Maia lidera com um aumento significativo de 52,78%, elevando o preço médio de 900€ para 1.375€ desde junho de 2023. Gondomar segue com um aumento de 34,48%, alcançando uma média de 1.075€, partindo de 800€.

Entre os concelhos mais acessíveis para arrendamento estão Vila do Conde e Póvoa do Varzim, com uma média de 1.000€, enquanto Matosinhos se destaca como o mais caro, com 1.500€. O Porto manteve-se estável em 1.200€.

No mercado de venda de casas, a nível nacional, o preço médio aumentou 18%, representando um acréscimo de 55 mil euros desde junho de 2023. No distrito do Porto, o custo médio de compra é de 383.700€, refletindo um aumento de 2% em relação ao mês anterior e quase 20% comparado ao ano anterior.

Paredes, Santo Tirso e Vila do Conde lideram o aumento de preços de venda, enquanto Paços de Ferreira registou uma diminuição de 1%.

Baião é o concelho mais acessível para comprar casa, com uma média de 165 mil euros, contrastando com o Porto, onde o preço médio é de 455 mil euros, o mais elevado da região.

Os dados evidenciam a crescente dificuldade de acesso à habitação no distrito do Porto, com aumentos expressivos que desafiam ainda mais o mercado imobiliário e o poder de compra das famílias.

Foto: DR