As obras da futura Linha Rubi (H) do Metro do Porto começaram este sábado em Vila Nova de Gaia, resultando no corte da rotunda Edgar Cardoso durante os próximos dois anos.
O anúncio foi feito pela Metro do Porto no início da passada semana, indicando que a obra da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) “arranca em força num dos principais eixos rodoviários de Gaia”, com a via Edgar Cardoso a ficar “muito condicionada nos próximos dois anos”.
Após o início das obras em Santo Ovídio, que já levou à demolição de habitações para a construção da estação de metro que ligará à Linha Amarela (D) e à futura linha de alta velocidade ferroviária, e intervenções nas Devesas e outras menos impactantes, uma nova fase dos trabalhos implicará uma série de cortes e condicionamentos em várias vias da cidade.
Haverá constrangimentos de trânsito na VL 8.
“Este constrangimento vai permanecer por dois anos, garantindo sempre os acessos a casas, garagens, escritórios e estabelecimentos”, informou a Metro do Porto. Esta intervenção é motivada pela construção do canal de metro ao longo desta via estruturante e pela construção de três estações — Arrábida, Candal e Rotunda — sendo esta última desnivelada e com um parque de estacionamento subterrâneo.
A Câmara de Vila Nova de Gaia emitiu um comunicado avisando sobre os constrangimentos, mas assegurando que os acessos a propriedades serão sempre mantidos.
Segundo a Metro do Porto, “os trabalhos vão gerar condicionamentos ao longo de toda a Via Edgar Cardoso, entre Coimbrões e o nó da Arrábida”, mas “existem alternativas locais de circulação devidamente sinalizadas para assegurar a mobilidade nesta área”. Já foi reaberta ao trânsito a rua António de Azevedo, junto ao Arrábida Shopping.
O investimento global da Linha Rubi, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro, é de 435 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui a nova travessia sobre o rio Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, destinada exclusivamente ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
Em Gaia, as estações previstas são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida. No Porto, as estações são Campo Alegre e Casa da Música. A obra deverá estar concluída até ao final de 2026.
A nova linha trará “benefícios de vários tipos, quantificados em 1,7 mil milhões de euros”, incluindo mais de 12 milhões de utilizadores anuais do Metro, dos quais 10 mil estudantes com acesso facilitado ao polo universitário do Campo Alegre, uma redução anual de emissões de CO2 estimada em 17.475,4 toneladas, e menos 5,2 milhões de automóveis nas ruas anualmente.
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