Museu da Chapelaria distinguido com Menção Honrosa por criar o primeiro Fraldário Acessível em instituições culturais portuguesas

Museu da Chapelaria distinguido com Menção Honrosa por criar o primeiro Fraldário Acessível em instituições culturais portuguesas

21/06/2025 0 Por Eduardo Coelho

Iniciativa pioneira promove inclusão, equidade e dignidade em espaços culturais.

O Museu da Chapelaria, em S. João da Madeira, foi distinguido pela associação Acesso Cultura com uma Menção Honrosa, pela criação do primeiro Fraldário Acessível em instituições culturais portuguesas. A distinção reconhece uma medida que, apesar de simples, representa um importante passo rumo à inclusão e equidade no acesso à cultura.

Segundo o júri da Acesso Cultura, o fraldário acessível criado pelo museu “é uma forma de reconhecer realidades muitas vezes esquecidas ou ignoradas: o direito das famílias a frequentar espaços culturais com bebés, o direito de pais e mães com deficiência a cuidar dos seus filhos com dignidade, e o reconhecimento de que pessoas de todas as idades podem usar fraldas e precisam de espaços adequados para tal”.

O fraldário foi também destacado por não ter género associado, desafiando práticas tradicionais ainda enraizadas em muitos equipamentos culturais e sociais. “É um manifesto silencioso e justo pelo direito à parentalidade e sexualidade de pessoas com deficiência e incapacidade; pelo **acesso digno a fraldários — sem limite de idade, sem género específico — e pelo pleno usufruto da cultura”, referiu o júri na justificação da distinção.

A Acesso Cultura considera a iniciativa do Museu da Chapelaria um exemplo de como a acessibilidade pode — e deve — ser transversal em todos os aspetos da experiência cultural, esperando que mais instituições culturais portuguesas sigam este caminho. “Tal como os chapéus, os espaços culturais podem (e devem) ser feitos para diferentes formatos”, conclui a associação.

Com esta distinção, o Museu da Chapelaria reforça o seu papel como instituição de referência na promoção da inclusão e da acessibilidade cultural, inovando num setor ainda marcado por barreiras físicas e simbólicas.

Foto: Museu Chapelaria