
Matosinhos Elimina 488 Ninhos de Vespa Asiática em 2024 com Nova Técnica de Combate
10/01/2025A Câmara Municipal de Matosinhos eliminou 488 ninhos de vespa asiática durante o ano de 2024, recorrendo a uma técnica inovadora baseada no envenenamento, anunciou a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro.
Desde janeiro de 2024, este novo método tem sido utilizado para evitar a remoção física dos ninhos, impedindo a sua reocupação por novas colónias. A técnica envolve o uso de canas de carbono com um sistema elétrico acoplado a um grupo de bombagem, que injeta uma solução composta por veneno seletivo e um atrativo calórico, eliminando toda a colónia.
Além disso, a autarquia explicou que as vespas parasitas transportam o veneno para outros ninhos, aumentando a eficácia do combate. Mesmo as vespas que não regressam ao ninho no momento da aplicação encontram o veneno ativo ao retornar nos dias seguintes.
Para ninhos localizados acima de 20 metros, foram utilizadas armas de ar comprimido do tipo softball, equipadas com projéteis de inseticida.
Em 2024, o município recebeu 766 alertas para ninhos de vespa asiática, dos quais 505 foram confirmados como efetivos. Desses, 488 ninhos foram eliminados, enquanto 17 permanecem para intervenção em 2025. Os restantes 261 casos referiam-se a espécies nativas ou avistamentos isolados.
A maioria dos ninhos eliminados estava em árvores (236), seguidos de telhados (82), paredes (60) e interiores de imóveis (46). A técnica das canas de carbono foi aplicada em 277 intervenções, enquanto 102 usaram armas de ar comprimido.
A autarquia apela à colaboração dos munícipes no reporte de avistamentos de ninhos de vespa asiática, disponibilizando a linha da Proteção Civil através dos números 800 208 545 ou 229 398 560, bem como o email protecao.civil@cm-matosinhos.pt.
A vespa asiática (Vespa velutina), introduzida na Europa em 2004 através do porto de Bordéus, França, representa uma ameaça às colmeias de abelhas melíferas e à saúde pública. Em Portugal, os primeiros casos foram detetados em 2011, com o agravamento da situação a partir de 2012. Em Matosinhos, o primeiro ninho foi identificado em julho de 2013.
No ano anterior, a autarquia já havia eliminado 536 ninhos, reforçando o seu compromisso no combate a esta espécie invasora.
Foto: DR