
Hospital da Prelada fará parte dos novos centros de atendimento Clínico Pediátrico no Porto
23/10/2024Porto e Lisboa vão contar com novos Centros de Atendimento Clínico (CAC) pediátricos para atender crianças triadas como não urgentes pelos hospitais da região. A novidade foi anunciada esta terça-feira por Alberto Caldas Afonso, coordenador do Plano de Reorganização para as Urgências de Obstetrícia/Ginecologia e Pediatria, durante uma conferência de imprensa no Ministério da Saúde.
O CAC pediátrico do Porto funcionará no Hospital da Prelada, que já abriga um CAC para adultos. Este centro atenderá crianças encaminhadas pelo Centro Hospitalar do Porto, bem como pelos hospitais de Matosinhos e Gaia.
Em Lisboa, o CAC será instalado no Hospital da Cruz Vermelha, recebendo crianças dos hospitais Santa Maria, Dona Estefânia e São Francisco Xavier. Caldas Afonso admitiu que a localização em Lisboa foi mais difícil de encontrar, mas garantiu que o espaço é adequado para a função.
Cada CAC contará com um pediatra e enfermeiros com experiência em saúde infantil. Embora não tenha sido anunciada uma data específica para a abertura dos centros, o responsável expressou o desejo de que isso ocorra antes do pico de inverno das infeções respiratórias, a fim de evitar longos períodos de espera nas urgências.
Caldas Afonso também alertou sobre a escassez de recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde, defendendo a implementação de um modelo de incentivos para atrair e reter profissionais. Ele manifestou confiança de que muitos médicos que migraram para o setor privado poderão retornar ao SNS.
Diogo Ayres de Campos, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, também comentou as dificuldades enfrentadas na retenção de profissionais e destacou a importância de medidas como o pagamento de horas extras.
O Plano de Reorganização será inicialmente testado como projeto-piloto em Lisboa e Vale do Tejo, região Oeste e Península de Setúbal, com uma duração de três meses, após os quais será avaliado. A criação da Linha SNS Criança, que complementará os CAC, não depende da publicação da portaria que definirá esta nova organização.
Foto: Misericórdia do Porto