
Greve dos motoristas da Transportes Beira Douro marcada para esta sexta e segunda-feira é cancelada
25/09/2025A greve dos motoristas da Transportes Beira Douro, responsável pela operação da rede Unir em Gaia e Espinho, marcada para sexta-feira e segunda-feira, foi cancelada, anunciou esta quinta-feira a Transportes Metropolitanos do Porto (TMP).
De acordo com a TMP, empresa pública intermunicipal que gere as concessões da rede Unir, a greve convocada pela Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, prevista para os dias 26 e 29 de setembro, foi suspensa pelos trabalhadores.
O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), filiado na Fectrans, explicou que os trabalhadores decidiram suspender a greve por respeito aos utentes, ao mesmo tempo que exigem responsabilização da Unir na fiscalização das operadoras, nomeadamente Auto Viação Feirense, Lda. e Transportes Beira Douro Lda., para assegurar a organização e segurança dos transportes.
O sindicato reforçou que as empresas são responsáveis pelas condições de trabalho e segurança dos trabalhadores e dos utentes, bem como pela justa valorização salarial e pelo pagamento correto do trabalho efetuado.
Na segunda-feira, os motoristas da Auto Viação Feirense tinham anunciado uma greve contra os horários do lote 4 da rede Unir, por serem considerados impossíveis de cumprir com segurança. A decisão tinha sido tomada num plenário com cerca de 100 motoristas, responsáveis pelos percursos entre Vila Nova de Gaia e Espinho.
O dirigente da Fectrans, Hélder Borges, alertou que os horários existentes não são compatíveis com circulação em segurança e denunciou problemas na limpeza e manutenção. O sindicalista culpou tanto a Unir, que estabelece os horários, como a Feirense, que se compromete a cumpri-los, pela situação, e criticou a falta de fiscalização por parte de entidades como a Autoridade para as Condições do Trabalho e o Instituto de Mobilidade e Transportes.
Por sua vez, a Unir garantiu que não tem qualquer responsabilidade nos horários atribuídos aos motoristas nem na alegada sobrecarga laboral, enquanto a TMP afirmou que todos os tempos atribuídos são perfeitamente viáveis.
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