Francisco Peñuela dá primeira vitória na Volta à Rádio Popular-Boavista-Paredes

O venezuelano Francisco Peñuela, da equipa Rádio Popular-Paredes-Boavista, venceu esta quinta-feira a sétima etapa da Volta a Portugal, marcando da melhor maneira o 121.º aniversário do clube axadrezado e a chegada da Grandíssima à cidade de Paredes.

Peñuela, de 23 anos, impôs-se ao sprint no final do percurso de 160,4 quilómetros desde Felgueiras, superando o português Tiago Antunes, da Efapel, que ficou em segundo, e o argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), terceiro, na dianteira de um grupo reduzido que disputou o triunfo numa avenida com piso empedrado.

Afonso Eulálio continua a envergar a camisola amarela, mantendo os mesmos 21 segundos de vantagem com que partiu para esta etapa sobre o vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), e agora 55 segundos sobre o terceiro classificado, o espanhol Mikel Bizkarra (Euskaltel-Euskadi), que ascendeu à terceira posição.

Etapa intensa e cheia de imprevistos

A etapa foi muito atacada desde o início, com Tivani e o espanhol Luis Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) a procurarem amealhar pontos nas classificações dos pontos e da montanha, respetivamente. Sem uma fuga definida, com avanços e recuos constantes, atrás os azares multiplicavam-se. Jannis Peter teve que abandonar a prova devido a uma fratura num dos braços, desfalquando a equipa de Colin Stüssi.

Mais tarde, uma queda atrasou António Carvalho (ABTF-Feirense), Jesus del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) e Luís Fernandes (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar), que tiveram que pedalar intensamente para voltar ao pelotão. Ainda mais azarado foi o espanhol Jon Agirre (Kern Pharma), que envolvido num aparato e, posteriormente, teve um problema mecânico, baixando de terceiro na geral para a 13.ª posição.

Com o pelotão dividido e Eulálio e Stussi atentos ao ritmo na frente, vários ciclistas tentaram escapar, entre eles o dinamarquês Julius Johansen (Sabgal-Anicolor) e Joaquim Silva (Efapel). Nos últimos quilómetros, após a primeira passagem pela meta, sucederam-se ataques e contra-ataques, um deles do espanhol Joan Bou (Euskaltel-Euskadi), que terminou em sexto. No entanto, foi um grupo seleto que disputou a vitória, onde Francisco Peñuela confirmou os seus talentos de velocista, já demonstrados este ano com o segundo lugar na Volta ao Alentejo e a vitória na primeira etapa do Grande Prémio Douro Internacional.

Os favoritos chegaram juntos, à exceção de Agirre, que desaparece dos primeiros lugares, promovendo todos os outros uma posição – Mikel Bizkarra subiu ao pódio, a 55 segundos, com os restantes a mais de um minuto do jovem líder.

Próxima etapa

Na sexta-feira, a oitava etapa liga Viana do Castelo a Fafe em 182,4 quilómetros, com quatro prémios de montanha e uma subida sem categoria até à meta.

Declarações de Francisco Peñuela

O vencedor da etapa, Francisco Peñuela, declarou-se «muito feliz por vencer em casa» no final da prova. «Tínhamos um plano, que era ganhar hoje. Graças a Deus, à equipa, conseguimo-lo. A equipa está muito feliz com a vitória. Tínhamos um extra de motivação, ao longo de toda a etapa gritavam por nós. Deu força para rematar bem. Foi um dia louco. Não contava vencer, sofri muito nos primeiros dias da Volta. A minha mentalidade era vir para a geral, mas não saiu. Tenho ido dia-a-dia e saiu-me um [dia] bom. Agradeço à equipa, que confiou em mim, aos patrocinadores e ao meu preparador», concluiu o ciclista venezuelano em declarações aos jornalistas.

Foto: DR