A partir desta quinta-feira, enfermeiros de todo o país iniciam uma greve que se estenderá até 2 de janeiro, promovida pelo Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU). A principal demanda da paralisação é a busca pela paridade salarial com a carreira técnica superior da Administração Pública.
O SITEU exige aumentos salariais de 52 euros, visando equiparar os vencimentos dos enfermeiros aos 1.333,35 euros recebidos pelos técnicos superiores da Administração Pública a partir do nível 16. A presidente do sindicato, Gorete Pimentel, afirmou que o tema foi levado ao Ministério da Saúde, que se comprometeu a resolver a situação até o final do ano. Contudo, a demissão do Governo deixou os enfermeiros sem resposta.
No início da semana, um grupo de cidadãos, incluindo médicos como Sobrinho Simões e Júlio Machado Vaz, instou os profissionais de saúde a suspenderem formas de luta que comprometam o acesso dos doentes aos cuidados de saúde até a posse do novo Governo. A petição, com mais de 500 subscritores, apelava aos sindicatos e profissionais de saúde para que reconsiderassem greves e outras formas de protesto enquanto não houver um interlocutor legitimado pelo voto.
Além da greve convocada pelo SITEU, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) mantém uma greve ao trabalho extraordinário desde 3 de novembro, que se estenderá até o final do ano.