Enfermeiros em Greve nos Turnos da Manhã e da Tarde Exigem Valorização da Carreira e Melhoria das Condições de Trabalho

Os enfermeiros de todo o país estão em greve nos turnos da manhã e da tarde desta sexta-feira, 2 de agosto. A paralisação, organizada pelos sindicatos da classe, tem como objetivo principal exigir a valorização da carreira de enfermagem e a melhoria das condições de trabalho.

A greve, que teve início às 08h00, está a afetar hospitais e centros de saúde em várias regiões, com muitos serviços a operarem com pessoal reduzido. Os enfermeiros reivindicam uma revisão urgente da tabela salarial, melhores condições laborais, incluindo a redução das cargas horárias, e a contratação de mais profissionais para suprir a carência de recursos humanos no setor.

“Esta greve é um grito de socorro dos enfermeiros que, diariamente, enfrentam uma sobrecarga de trabalho desumana e injusta. Exigimos respeito e reconhecimento pelo papel fundamental que desempenhamos na saúde pública”, afirmou Ana Sousa, porta-voz do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Segundo os sindicatos, a adesão à greve está a ser significativa, demonstrando a insatisfação generalizada entre os profissionais de enfermagem. “Os enfermeiros estão esgotados física e psicologicamente. Precisamos de condições dignas para prestar um serviço de qualidade à população”, acrescentou João Carvalho, presidente da Associação Nacional de Enfermeiros.

As negociações com o governo têm sido difíceis, com poucos avanços concretos. A última proposta apresentada pelo Ministério da Saúde foi considerada “insuficiente” pelos sindicatos, que exigem uma resposta mais eficaz e rápida às suas reivindicações.

A greve deverá prolongar-se até às 20h00, com a possibilidade de novas ações de protesto caso não haja progressos nas negociações. Os sindicatos não descartam a realização de novas greves nas próximas semanas, caso as suas exigências continuem a ser ignoradas.

Entretanto, os utentes são aconselhados a procurar informações sobre o funcionamento dos serviços de saúde durante o período de greve, a fim de minimizar os transtornos causados pela paralisação.