Câmara de Gaia lamenta exclusão da A29 da abolição de portagens nas SCUT

Câmara de Gaia lamenta exclusão da A29 da abolição de portagens nas SCUT

06/01/2025 0 Por Angelo Manuel Monteiro

A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia manifestou, esta segunda-feira, o seu descontentamento pela exclusão da Autoestrada 29 (A29) do processo de abolição de portagens em várias SCUT, implementado desde o início de 2025.

“Num processo que traz claros ganhos financeiros para as populações e representa um fator de competitividade para as empresas, não podemos deixar de lamentar que a A29 tenha ficado de fora, contrariando a vontade do município e de todos os gaienses”, afirmou Dário Silva, vereador adjunto do presidente para a área das Finanças, durante a reunião do executivo municipal.

Considerando a situação como uma “injustiça clara”, Silva assegurou que a autarquia, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, continuará a lutar pela abolição das portagens na A29. “Desde há muito, a autarquia criou alternativas que permitiram que muitos milhares de gaienses usufruíssem da isenção de pagamento”, destacou o vereador.

Desde 1 de janeiro, as portagens foram abolidas em várias vias rápidas estruturantes, conhecidas como SCUT, após anos de reivindicações das populações. Entre as vias abrangidas estão a A4 – Transmontana e Túnel do Marão, a A13 e A13-1 – Pinhal Interior, a A22 – Algarve, a A23 – Beira Interior, a A24 – Interior Norte, a A25 – Beiras Litoral e Alta e a A28 – Minho (parcialmente).

Introduzidas em 1997 sob o governo de António Guterres, as SCUT foram inicialmente financiadas integralmente pelo Estado. No entanto, em 2010, o modelo foi alterado, passando os custos a ser suportados pelos utilizadores, uma decisão que gerou controvérsia e longas lutas pela reversão.

Apesar da abolição em várias vias, a exclusão da A29 deixou Vila Nova de Gaia em desvantagem face a outros municípios, mantendo o pagamento de portagens numa estrada crucial para a mobilidade local. A Câmara Municipal promete continuar a defender os interesses da região e lutar pela eliminação deste encargo.

Foto: DR