Vem aí uma “pequena onda de calor” um pouco por todo o país – e depois chega o calor mais abrasador

Portugal continental está a viver o início de uma “pequena e efémera” onda de calor que afeta um pouco todo o país, com dez distritos sob aviso amarelo esta terça e quarta-feira devido à previsão de temperaturas elevadas. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o calor vai manter-se nos próximos dias, antecedendo uma nova vaga de temperaturas ainda mais intensas no final do mês.

Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Beja, Castelo Branco e Portalegre estão sob aviso amarelo entre as 09h00 de terça-feira e as 18h00 de quarta-feira, numa fase marcada por tempo seco, temperaturas acima da média e risco acrescido de incêndio em várias zonas do país, sobretudo no interior e sul.

“O que vivemos agora é o começo de uma pequena – e efémera – onda de calor, que irá durar dois a três dias”, explicou o climatologista Mário Marques, em declarações à SIC. “A partir do dia 17, as temperaturas começarão a descer de forma gradual.” Contudo, o especialista antecipa que a situação se agravará a partir de 22 de julho, com a chegada de “uma verdadeira onda de calor, mais abrasadora, vinda do norte de África, que poderá prolongar-se até ao final do mês”.

Também na Madeira, os efeitos do calor são sentidos: as terras montanhosas da ilha estão sob aviso laranja desde as 09h00 de terça-feira até às 18h00 de quarta-feira, passando depois a aviso amarelo até quinta-feira à tarde. A costa sul da Madeira está igualmente sob aviso amarelo, devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

Já nos Açores, o cenário é oposto. O IPMA colocou os grupos ocidental (Flores e Corvo) e central (Faial, Terceira, São Jorge, Graciosa e Pico) sob aviso amarelo devido à previsão de chuva por vezes forte e trovoadas, com os avisos em vigor até às 09h00 e 21h00 de terça-feira, respetivamente.

O calor sentido um pouco por todo o país continental está também a intensificar o risco de incêndio rural. Vinte concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Viseu e Guarda estão já esta terça-feira em perigo máximo, sendo expectável que esse risco se mantenha elevado nos próximos dias, sobretudo nas regiões do interior norte, centro e Algarve.

O perigo de incêndio, definido pelo IPMA, é determinado a partir de cinco níveis — de reduzido a máximo — e resulta de fatores como a temperatura do ar, a humidade relativa, o vento e a precipitação nas últimas 24 horas.

Com os termómetros a subir, as autoridades recomendam especial atenção à hidratação, à exposição solar e à vigilância nas zonas florestais, apelando a comportamentos responsáveis e à adoção de medidas preventivas, num verão que se prevê exigente em termos climáticos.

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