
Trabalhadores da Auto Viação Feirense Convocam Plenário e Greve, Ameaçando Rede Unir em Gaia e Espinho
28/10/2024Um plenário de trabalhadores da Auto Viação Feirense, marcado para quinta-feira, e uma greve prevista para segunda-feira, poderão afetar a rede de transportes Unir em Vila Nova de Gaia e Espinho e causar impactos a norte do Douro. A paralisação resulta de reivindicações salariais e de condições de trabalho, que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), a empresa não tem atendido.
Hélder Borges, coordenador do STRUP para as regiões Centro e Norte, afirmou à Lusa que a greve foi decidida em plenário após várias reivindicações apresentadas à Auto Viação Feirense, a qual é responsável pelo lote 4 da rede Unir, operado pela subsidiária Transportes Beira Douro, e que também cobre parte do lote 2 em Gondomar, Paredes, Santo Tirso e Valongo. “A empresa não cumpre o contrato coletivo de trabalho e não paga devidamente aos trabalhadores”, afirmou o sindicalista.
O plenário de trabalhadores na quinta-feira começará às 06:00 e deverá causar alguns atrasos, além de confirmar a paralisação total planeada para segunda-feira. Entre as queixas dos trabalhadores estão a deterioração das condições de trabalho, incluindo falhas na manutenção e limpeza dos veículos, pressão excessiva para cumprir horários, e falta de condições básicas, como casas de banho e espaços para refeições.
A Auto Viação Feirense refutou as alegações, considerando “disparatados” os números apresentados pelo sindicato sobre a falta de serviços e assegurando que “trabalha diariamente para cumprir 100% do serviço.” A empresa acrescentou que, em casos pontuais, quando algum trabalhador falha de última hora, o serviço pode ser condicionado, mas alega que isso é exceção.
Entre as reivindicações, os trabalhadores pedem o aumento do subsídio de refeição de 5,5 euros e a redução do tempo de intermitência de três para duas horas. A empresa, contudo, defende que estas questões estão cobertas pelo contrato coletivo de trabalho, cuja negociação cabe à Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP).
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