Trajes de papel das Festas de São Bartolomeu querem ser Património Cultural Imaterial da UNESCO

Trajes de papel das Festas de São Bartolomeu querem ser Património Cultural Imaterial da UNESCO

14/05/2023 0 Por Angelo Manuel Monteiro

A União de Freguesias da Foz, no Porto, assinou um protocolo para candidatar a produção dos trajes de papel das Festas de São Bartolomeu a Património Cultural Imaterial da UNESCO. Os trajes em causa, recorde-se, são feitos pelas “coletividades locais”, com vários meses de antecedência, e fazem parte de uma “tradição com mais de 150 anos de história”.

“É um processo que será iniciado e concluído já este ano, e será o pontapé de saída de uma candidatura à UNESCO, que é um processo que ainda demorará dois anos. O ponto de partida é já este ano com o protocolo e registo nacional desta arte”, adiantou Tiago Mayan, presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, em declarações à agência Lusa, segundo o Jornal de Notícias.

A tradição secular das Festas de São Bartolomeu, na Foz do Porto, tem como “ponto alto” o Cortejo do Traje de Papel, com partida da Cantareira e termina com o “habitual banho santo nas águas do Atlântico, numa tentativa de expurgar todas as maleitas dos participantes”, como diz a lenda.

A candidatura do Porto foi formalizada em conjunto com os municípios espanhóis de Güeñes, no País Basco, e Mollerusa e Amposta, na Catalunha, onde a produção dos trajes de papel tem “tradições diferentes da portuguesa” e está, principalmente, “associada à moda”. A diretora, responsável pelo projeto, é Carme Polo Vive, professora na Universidade Esade, em Barcelona, eleita pelos quatro municípios.