Trabalhadores defendem a reindustrialização dos terrenos da antiga refinaria de Matosinhos

A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal manifestou a sua posição favorável ao reaproveitamento industrial dos terrenos da antiga refinaria de Matosinhos, encerrada em 2021, sublinhando a necessidade de ajustá-lo às atuais necessidades energéticas do país.

Num comunicado emitido esta segunda-feira, a CCT classificou o encerramento da refinaria de Leça da Palmeira, no concelho de Matosinhos (distrito do Porto), como “um crime contra o povo e o país”, apelando agora à “reindustrialização inadiável” da área.

A Comissão destacou também a importância de reforçar a autonomia e a soberania energética nacional, alertando para os riscos de dependência externa num setor estratégico como o da energia.

O fecho da refinaria foi anunciado pela Galp em dezembro de 2020 e concretizado ao longo do ano seguinte. O processo foi alvo de fortes críticas por parte das estruturas sindicais, principalmente devido ao impacto social e laboral.

Em maio de 2021, a Galp avançou com um despedimento coletivo, afetando cerca de 150 trabalhadores, tendo conseguido chegar a acordo com aproximadamente 40% dos cerca de 400 colaboradores.

Mais recentemente, em 2023, foi anunciada a criação de um Centro Internacional de Biotecnologia Azul no local onde operava a refinaria.

Este projeto contará com a colaboração da Fundação Oceano Azul, e insere-se num plano mais alargado que prevê a instalação de uma cidade da inovação dedicada às energias do futuro.

Notícia Desenvolvida por Mariana Mesquita

Foto: Galp