Trabalhadores da Indústria da Cortiça Protestam por Aumentos Salariais e Condições Dignas

Cerca de 300 trabalhadores da indústria da cortiça protestaram esta quarta-feira junto à sede do Grupo Amorim, em Mozelos, no concelho de Santa Maria da Feira, exigindo aumentos salariais e o fim da “tortura psicológica” no setor. Organizado pelo Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, o protesto contou com faixas reivindicativas e um caixão negro simbolizando o luto dos operários da Amorim Cork Flooring, pressionados a aceitar mudanças de horários e remunerações reduzidas.

Marcos Sousa, porta-voz dos trabalhadores, relatou que a empresa já negociou a saída de 103 funcionários e planeja implementar turnos fixos, resultando em perdas salariais médias de 310 euros mensais por operário. Alírio Amorim, presidente do sindicato, enfatizou a necessidade de um novo contrato coletivo de trabalho que garanta um salário justo, destacando que a proposta atual da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR) é insuficiente.

A manifestação contou com o apoio de deputados do PS, BE e PCP, além de representantes sindicais de diversas federações e do Sindicato dos Professores do Norte, em solidariedade com os trabalhadores da cortiça.

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