Rui Moreira expressa esperança de que seu sucessor coloque a Cultura no centro da política do Porto

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, expressou esta quinta-feira a esperança de que o seu sucessor coloque a Cultura como uma prioridade na agenda política.

“Não é apenas um ‘post scriptum’, mas espero sinceramente que meu sucessor, caso não consiga designar um vereador dedicado à Cultura, seja capaz de incorporar esse papel. Isso nos garante que a revolução continuará, ou seja, teremos uma cidade onde afirmamos claramente, para aqueles que apreciam e para aqueles que não apreciam, que o alicerce fundamental de nossas políticas deve ser a Cultura, porque é isso que nos distingue”, afirmou Rui Moreira.

O autarca independente do Porto, que não poderá se recandidatar nas eleições autárquicas de 2025, fez essas declarações durante a apresentação do programa comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, intitulado “Revolução, já!”, realizada no Palácio dos Viscondes de Balsemão, na Praça Carlos Alberto. O evento contou com a presença dos curadores Jorge Sobrado e José Augusto Bragança de Miranda.

Para Rui Moreira, a cidade experimentou “um fenómeno cultural notável entre 1999 e 2001/2002”, com a Capital Europeia da Cultura em 2001, “mas depois o Porto entrou em declínio”.

“Eu não gostaria que o Porto entrasse em declínio. Meu desejo é que não haja declínios. Que possamos nos divertir, entreter, debater e discordar, mas sem entrar em declínio”, acrescentou Rui Moreira sobre o estado da cidade.