Rui Moreira apresenta última edição da Feira do Livro do Porto com “sensação de dever cumprido”

Rui Moreira apresenta última edição da Feira do Livro do Porto com “sensação de dever cumprido”

01/08/2025 0 Por Angelo Manuel Monteiro

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, apresentou esta quarta-feira, nos jardins do Palácio de Cristal, a programação da última Feira do Livro sob a sua presidência, expressando “uma sensação de dever cumprido” na área da cultura.

“Quando cá chegámos não havia Feira do Livro. Foi um dever improvável, mas foi uma aposta ganha”, recordou Rui Moreira, referindo-se ao desafio assumido em 2014 pelo executivo camarário, devido a um diferendo com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) sobre os custos da iniciativa.

A edição de 2025 decorrerá entre 22 de agosto e 7 de setembro e terá como autor homenageado o cantor e escritor Sérgio Godinho, que vai apresentar o seu novo livro Como se não houvesse amanhã no dia 30 de agosto, data em que também se realiza um concerto seu.

Além de Sérgio Godinho, a programação musical inclui nomes como B Fachada, Luca Argel, Manel Cruz, Três Tristes Tigres, NAPA e Tomás Wallenstein. Nos jardins do Palácio do Cristal haverá também ciclos de poesia, leituras encenadas e conversas com escritores como João Luís Barreto Guimarães, Joana Gama, Lídia Jorge, António Brito Guterres e Sérgio Almeida. As atividades infantojuvenis serão reforçadas nesta edição.

Entre as apresentações de livros, destacam-se Opinião Pública e Propaganda – Os princípios da comunicação segundo Ivy Lee, de Vasco Ribeiro (3 de setembro), Ambição: Impostos Mais Simples, Melhor Economia, de Álvaro Beleza e Carlos Francisco Alves (3 de setembro), e A Última Lição de José Gil, de Marta Pais Oliveira (7 de setembro).

João Gesta, responsável pela programação, destacou a Feira do Livro do Porto como “um festival literário contagiante”, construído com “uma programação rica e vibrante” e a participação ativa de muitos dedicados ao livro e à palavra.

Para Rui Moreira, o modelo adotado em 2014 alcançou um “bom equilíbrio entre a componente promocional e comercial do livro e a sua componente disruptiva”. O autarca declarou que encerra o seu ciclo autárquico com a feira “perfeitamente enraizada na vida da cidade”.

Francisco José Viegas, comissário da homenagem a Sérgio Godinho e editor da Quetzal, destacou o simbolismo das tílias plantadas no Palácio de Cristal, “uma forma única de unir árvores e livros na cidade”.

Sérgio Godinho, presente na apresentação, mostrou-se emocionado com a homenagem que considera significativa como portuense e revelou a felicidade de voltar a “habitar com música” os jardins do Palácio de Cristal, um local que conhece bem.

Foto: Porto.PT