Recuperados vivos 33 dos 215 capões furtados em Paredes

A Guarda Nacional Republicana (GNR) recuperou vivos 33 dos 215 capões que tinham sido furtados, na madrugada de quinta-feira passada, de uma quinta em Paredes, no distrito do Porto. Dois homens, de 42 e 58 anos, foram constituídos arguidos por suspeita dos crimes de furto e recetação, anunciou esta quarta-feira a força militar.

Segundo a GNR, os restantes capões foram igualmente encontrados, mas já mortos — alguns depenados e muitos embalados, prontos para consumo.

As recuperações ocorreram durante o cumprimento de três mandados de busca: uma domiciliária, uma em anexo e outra em terreno agrícola. Além dos animais, foi também apreendida uma máquina de depenar aves, igualmente furtada da exploração agrícola.

O furto ocorreu na madrugada de quinta-feira, quando foram levados 215 capões e a referida máquina, causando um prejuízo estimado em cerca de 20 mil euros. Cada capão tem um valor médio de 80 euros.

De acordo com João Paulo Carvalho, vice-presidente da Associação de Criadores de Capão de Freamunde, a quinta alvo do furto ocupa cerca de quatro mil metros quadrados, encontra-se vedada e possui portões, mas não dispõe de sistemas de alarme nem de videovigilância.

Os capões estavam distribuídos por cinco galinheiros, cujas redes foram cortadas durante o assalto. Foi o criador que, por volta das 07h30, deu conta do furto ao chegar ao local para soltar os animais.

Criar um capão é um processo demorado e exigente: “São necessários cerca de nove a dez meses e há regras específicas de alimentação e maneio”, explicou João Paulo Carvalho.

Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Paços de Ferreira, que acompanha o processo.

Foto: GNR