Protesto contra o fecho da refinaria de Matosinhos

Protesto contra o fecho da refinaria de Matosinhos

23/10/2023 0 Por Rmetropolitana

Mais de uma dezena de trabalhadores e ex-trabalhadores da Petrogal protestaram contra a demolição da refinaria de Matosinhos, cuja demolição começa esta segunda-feira, considerando-a “um crime”, disse aos jornalistas o sindicalista César Martins.

O sindicalista César Martins, do SITE Norte, classificou o fechamento como “um crime” e expressou preocupação com a dependência do país de importações. Enfatizou támbem que a transição energética não está a ser feita de uma forma justa, e a economia sofrerá com o fecho da refinaria.

“A gente não espera nada, a gente demonstra aqui uma posição, e mantemo-nos firmes nessa posição. A destruição desta refinaria é um crime. É um crime para o país, para os trabalhadores também, mas essencialmente para o país e para os contribuintes, que meteram aqui muito dinheiro (…) ao fim de tantos anos, o país vai ficar refém porque vai começar a comprar ao exterior, e a indústria [portuguesa] vai sofrer com isso”, disse César Martins, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte) aos jornalistas.

A Galp está comprometida com a desmontagem e reabilitação ambiental dos solos após a demolição. A decisão de encerrar a refinaria em 2020 foi criticada pelas organizações sindicais, resultando em demissões e preocupações sobre o impacto econômico na região. Em maio de 2021, a Galp deu início a um despedimento coletivo de cerca de 150 trabalhadores da refinaria, chegando a acordo com 40% dos cerca de 400 colaboradores.

Este ano foi anunciada a instalação de um Centro Internacional de Biotecnologia Azul no local, que contará ainda com a colaboração da Fundação Oceano Azul, depois de ter sido anunciada uma cidade da inovação ligada às “energias do futuro”.