
Pizarro quer reforço policial e vigilância no Porto com patrulhas a cavalo e novas câmaras
24/07/2025O candidato socialista à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, anunciou esta quinta-feira um conjunto de medidas para reforçar a segurança na cidade, incluindo patrulhamentos a cavalo da GNR no Parque da Pasteleira, a instalação de uma nova esquadra da PSP na baixa e a expansão da rede de videovigilância.
As propostas foram apresentadas no Palacete dos Viscondes de Balsemão, durante a sessão pública de apresentação do “Plano de Segurança para a Cidade do Porto”. Assumindo que poderia ser apelidado de “securitário”, Pizarro afirmou não se importar com a crítica: “Enfio essa carapuça com tranquilidade.”
Entre as prioridades do socialista está a criação de uma esquadra de “grande visibilidade” no centro da cidade, que integre a Esquadra de Turismo e substitua a atual instalação da PSP na cave do Mercado Ferreira Borges, considerada inadequada.
Para aproximar as forças de segurança dos cidadãos, o candidato defende patrulhamentos noturnos reforçados da PSP, policiamento de proximidade nas escolas e maior presença da Polícia Municipal (PM) nas ruas. Pizarro rejeita, contudo, o que considera ser um “falso debate” sobre as competências da PM, sublinhando que a lei atual já lhe confere poderes suficientes para patrulhar, prevenir e, quando necessário, deter.
O plano prevê ainda concluir a instalação de 114 câmaras de videovigilância nas zonas da Pasteleira, Asprela e Campanhã, iniciada pelo atual executivo, e acrescentar 50 novas câmaras em Ramalde. O socialista quer também negociar com a Metro do Porto o acesso às imagens do corredor do metrobus, na Boavista e Marechal Gomes da Costa.
Outra das metas é lançar um programa de guardas-noturnos em áreas residenciais e comerciais, com a ambição de colocar 40 profissionais nos primeiros dois anos de mandato. Para viabilizar o objetivo, Pizarro propõe que a autarquia financie o fardamento e o equipamento inicial — custos que rondam entre 1.500 e 2.000 euros — aliviando o investimento inicial dos guardas, que auferem pouco acima do salário mínimo.
O plano inclui também medidas específicas para a Zona da Movida, o reforço gradual do efetivo da Polícia Municipal, a dinamização do Conselho Municipal de Segurança e um programa de prevenção e apoio na área das dependências, em articulação com o ICAD.
Pizarro sublinhou que as propostas resultam de reuniões com forças de segurança e associações de moradores. “Quando as pessoas sentem que há insegurança, essa perceção é em si uma realidade que não pode ser ignorada”, afirmou.
Além do socialista, concorrem à Câmara do Porto Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (Porto Primeiro), Aníbal Pinto (Nova Direita), Pedro Duarte pela coligação “O Porto Somos Nós” (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), Filipe Araújo (Fazer à Porto), António Araújo (Porto à Porto), Alexandre Guilherme Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre) e Miguel Corte-Real (Chega).
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro. O executivo atual é liderado por Rui Moreira, com maioria de seis vereadores do seu movimento e uma independente, completando-se com dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
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