Pacífico em alerta: Sismo de 8,8 na Rússia provoca tsunamis e evacuações em vários países

Um poderoso sismo de magnitude 8,8 atingiu, esta quarta-feira, a região de Kamchatka, no extremo oriente da Rússia, provocando alertas de tsunami em vários países banhados pelo Oceano Pacífico. As ondas sísmicas geradas pelo terramoto já levaram à evacuação de zonas costeiras na própria Rússia, bem como no Japão, Havai, Filipinas, Alasca, e outras regiões da bacia do Pacífico.

De acordo com as autoridades russas, o abalo ocorreu ao largo da costa de Kamchatka, numa zona com intensa atividade sísmica, e foi sentido com grande intensidade em várias localidades do território. As autoridades locais ativaram de imediato os planos de emergência, tendo já sido evacuadas áreas mais vulneráveis junto à linha costeira.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico confirmou que o terramoto originou ondas de grandes dimensões, algumas das quais já atingiram o litoral oriental russo e começaram a chegar a outras regiões do Pacífico, embora com diferentes intensidades. No Japão, o governo emitiu alertas para as zonas costeiras de Hokkaido e do norte de Honshu, com ordens de evacuação para milhares de pessoas. No Havai, as sirenes de emergência soaram durante a madrugada (hora local), levando muitos residentes a deslocarem-se para zonas elevadas.

As autoridades internacionais alertam para o perigo das ondas subsequentes, que poderão atingir maiores alturas do que as iniciais. Em alguns locais, como em ilhas do Pacífico e costas do Alasca, as ondas podem ultrapassar os três metros de altura, representando um risco elevado para populações e infraestruturas.

Até ao momento, não há registo oficial de vítimas mortais, mas estão a ser avaliados danos materiais e eventuais desaparecimentos. As comunicações em algumas áreas foram afetadas, dificultando o acesso à informação detalhada.

Equipas de emergência já estão no terreno em vários países, e a população é aconselhada a manter-se longe das zonas costeiras e a seguir as instruções das autoridades locais.

O sismo é um dos mais fortes registados nos últimos anos na região do Pacífico, reavivando a memória de eventos como o tsunami de 2011 no Japão, que causou mais de 18 mil mortos e desencadeou o desastre nuclear de Fukushima.

As próximas horas serão cruciais para a avaliação da extensão dos efeitos do fenómeno e para o planeamento da resposta internacional. As autoridades continuam a monitorizar a evolução do mar e reforçam o alerta para réplicas que possam agravar ainda mais a situação.