Oliveira de Azeméis e Universidade de Aveiro Renovam Colaboração para Preservar História da Indústria Vidreira

O município de Oliveira de Azeméis e a Universidade de Aveiro (UA), através da Escola Superior Aveiro Norte (ESAN), anunciaram a renovação da sua colaboração com o objetivo de aprofundar o estudo da história da indústria vidreira no concelho. A decisão foi formalizada recentemente com a aprovação unânime de um novo protocolo pelo executivo camarário.

O novo acordo visa dar continuidade ao trabalho bibliográfico iniciado anteriormente e incluir novos estudos científicos e técnicos. O projeto culminará na edição de uma monografia e contribuirá para a dinamização do futuro Centro Interpretativo do Vidro, que está atualmente em desenvolvimento.

Para apoiar a nova fase do projeto, a ESAN receberá um financiamento de 85.000 euros do município. Este investimento é visto pela autarquia como um passo crucial na preparação da candidatura de Oliveira de Azeméis a Património Cultural Imaterial da UNESCO, uma aspiração de longa data.

A história da indústria do vidro em Oliveira de Azeméis remonta a 1528, com a fundação da fábrica da Quinta do Côvo, que manteve a sua atividade até ao final do século XX. Esta tradição vidreira não só moldou a economia local, como também contribuiu para o surgimento de empresas de moldes e injeção de plástico, que são agora pilares importantes da economia do concelho. O património imaterial associado à indústria do vidro tem desempenhado um papel significativo na configuração socioeconómica atual de Oliveira de Azeméis.

A edilidade local destaca a importância urgente de investigar a escassez de registos e a idade avançada dos últimos artesãos vidreiros. Compreender a transição do saber fazer vidreiro do artesanal para o industrial e tecnológico é essencial para preservar a relação histórica e artística entre vidro, plástico, património e cultura.

A renovação do protocolo representa um compromisso significativo com a preservação e valorização deste património cultural, assegurando que o legado da indústria vidreira de Oliveira de Azeméis continue a ser reconhecido e estudado para as gerações futuras.

Foto: DR