Museu Soares dos Reis mantém-se aberto durante obras de 1,3 milhões no telhado do Palácio dos Carrancas

O Museu Nacional de Soares dos Reis (MNSR), no Porto, vai iniciar uma obra de restauro para substituir o telhado do Palácio dos Carrancas, num investimento de 1,3 milhões de euros proveniente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Apesar da intervenção, a instituição garantiu que permanecerá aberta ao público.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, o MNSR revelou que a intervenção, com duração prevista de dez meses, “visa a substituição integral do telhado do Palácio dos Carrancas (onde se encontra instalado o museu); revisão do telhado do edifício técnico; restauro e substituição de todas as janelas e portas exteriores; tratamento e pintura das portadas; pintura geral dos paramentos do edifício; e conservação e restauro do painel de azulejos do Picadeiro”.

Para garantir a continuidade da visitação, foi delineado um plano de trabalho que pretende minimizar o impacto das obras no circuito do espaço museológico.

Segundo o portal Mais Transparência, o total alocado ao museu é de 1,91 milhões de euros, dos quais já foram pagos 505 mil euros. Uma orientação técnica recente do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, datada de 15 de setembro, coloca em 1,68 milhões a dotação contratualizada.

O Museu Nacional de Soares dos Reis está instalado no Palácio dos Carrancas, no Porto, e foi inaugurado em 1833, inicialmente no Convento de Santo António da Cidade, em São Lázaro, por decisão do rei Pedro IV para criar um museu de pinturas e estampas.

Foi o primeiro museu público de arte em Portugal, tendo recebido o estatuto de museu nacional em 1932, e mudado para o Palácio dos Carrancas em 1940.

A coleção de pintura do museu conta com cerca de 2.500 objetos que datam do século XVI ao século XX, com obras de Silva Porto, Marques de Oliveira, Henrique Pousão, Aurélia de Souza e António Carneiro, entre outros.

Destacam-se dez peças classificadas como “tesouros nacionais”, como o “Autorretrato” de Aurélia de Souza, “O Desterrado” de Soares dos Reis, e duas pinturas de Henrique Pousão.

Foto: DR_Museu Soares dos Reis