Militar da GNR natural de Ermesinde morre durante perseguição no Guadiana

Militar da GNR natural de Ermesinde morre durante perseguição no Guadiana

28/10/2025 0 Por Angelo Manuel Monteiro

O militar da Unidade de Controlo Costeiro da GNR que perdeu a vida, na noite de segunda-feira, durante uma perseguição no rio Guadiana, era Pedro Manata Silva, natural de Ermesinde, concelho de Valongo.

A vítima, de 50 anos, antigo dirigente da Associação dos Profissionais da Guarda, seguia a bordo de uma lancha da GNR com outros três militares, que ficaram feridos. O grupo encontrava-se numa operação de interceção a uma lancha rápida suspeita, semelhante às utilizadas para o transporte de haxixe.

O acidente ocorreu na zona de Alcoutim, após uma colisão entre a embarcação da GNR e o barco suspeito, que havia sido alvo de ordem de paragem.

A lancha utilizada pelos alegados traficantes incendiou-se e acabou por arder junto à margem do rio, tendo os ocupantes fugido.

O alerta foi dado pelas 23h15, e as vítimas foram assistidas por equipas dos bombeiros e do INEM. Pedro Manata Silva sofreu ferimentos muito graves e acabou por morrer no local. Os restantes três militares foram transportados para o Hospital de Faro.

As equipas da GNR iniciaram buscas na zona para encontrar os suspeitos e o material que poderia seguir na lancha. Estas diligências continuam com o apoio da Polícia Marítima, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da Guardia Civil de Espanha. A investigação está a cargo da Polícia Judiciária.

A GNR já acionou o apoio psicológico da Guarda para acompanhamento dos militares envolvidos e respetivas famílias.

Pedro Manata Silva, casado e pai de dois filhos, era militar do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão, pertencente à Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras da GNR.

Nas redes sociais, multiplicam-se as mensagens de pesar vindas de forças de segurança, familiares, amigos, instituições e associações que conheceram Pedro Manata Silva.

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, lamentou a morte do militar:

“Em nome do Governo, o Ministério da Administração Interna dirige, neste momento trágico, uma palavra de solidariedade e sentidas condolências à família, aos amigos, à Guarda Nacional Republicana e, em particular, aos militares da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras.”

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou “um pesar pessoal” pela morte do militar, afirmando que “conhecia bem a família”. O Chefe de Estado já apresentou condolências à viúva, Vanessa Manata Silva, afirmando ter testemunhado “a gratidão por mais um grande serviço prestado à causa pública”.

Foto: DR