Metro do Porto trabalha 24 horas por dia para concluir e cumprir os prazo da obra

Metro do Porto trabalha 24 horas por dia para concluir e cumprir os prazo da obra

09/05/2023 0 Por Angelo Manuel Monteiro

As diferentes equipas de trabalho da Metro do Porto têm estado nas várias frente de obra a «todo o gás» para garantir que todos os prazos de execução são cumpridos. Em causa está a construção da Linha Rosa e a Linha Amarela que contribuirão para uma melhoria significativa na mobilidade urbana do Porto.

Numa visita realizada à nova estação de Santo António, no Jardim do Carregal, o engenheiro responsável pela obra da Linha Rosa, Pedro Lé Costa, sublinhou que estão a trabalhar “24h por dia, desde segunda a sábado”, fazendo-se apenas uma “paragem sábado à tarde até segunda de manhã, para se arrancar novamente com os trabalhos”.

Tiago Braga, presidente da Metro do Porto, esclareceu que essa paragem serve para fazer a “manutenção de todo o equipamento e para as equipas poderem descansar”. “Atualmente temos sete frentes de túnel [em curso], mas a nossa intenção, para compensar, é abrir novas frentes e cumprir com os nossos objetivos: que é terminar a construção [da Linha Rosa] até 31 de dezembro de 2024”, acrescentou.

Questionado pelos jornalistas sobre como é um dia de trabalho naquela estação, Pedro Lé Costa relatou que “o dia arranca com uma pega de fogo de explosivos às 8h da manhã” “Faz-se a retirada do material”, continuou, “depois faz-se o saneio da frente, de preparação da frente, selagem e prepara-se a pega de fogo para dar outra pega às 20h da noite”. “Durante a noite volta-se a repetir o processo para que seja possível fazer novamente a pega às 8h da manhã”.

A Metro do Porto tem feito o possível e adotado vários métodos para reduzir o ruído, garantiu, e a prova disso é a utilização de explosivos: “O que temos vindo a verificar é que quando passamos a ter a possibilidade de usar explosivos as reclamações reduziram porque em vez de termos este martelo a martelar, durante a noite toda para picar a rocha, temos explosões controladas”.

“A população está devidamente avisada e já preparada, com um investimento num sistema de detonação que permite reduzir e controlar o mais possível estas vibrações”, indicou o engenheiro responsável pela obra da Linha Rosa.

No âmbito da mesma visita Tiago Braga aproveitou para demonstrar algumas especificidades desta estação como o fato de o túnel “ter um poço de ventilação e de emergência a meio, na zona da Praça Parada Leitão, junto à Reitoria da Universidade do Porto”.

Por se estar a fazer uma escavação «por baixo» da Reitoria o cuidado com os trabalhos é redobrado: “Aqui estamos a falar de um granito e agora estamos a apanhar um material de pior qualidade que vai obrigar a reduzir o passo de avanço e “a meter um sistema de suporte diferente para controlarmos as deformações na superfície”, referiu Pedro Lé Costa.

O engenheiro reitera que a cidade do Porto é um verdadeiro desafio porque os “solos são muito heterogéneos”. Nesta frente a equipa estava a conseguir escavar “cerca de três/quatro metros por dia”, ao passo que noutras frentes só é possível avançar “cinco metros por semana”.