
Matosinhos Intensifica Combate às Vespas Asiáticas: 536 Ninhos Eliminados, um Incremento de 20% em Relação a 2022
02/02/2024A Câmara Municipal de Matosinhos destruiu 536 ninhos de vespas asiáticas em 2023, representando um aumento de 20% em relação a 2022. Para este ano, a autarquia optou por implementar uma abordagem mais eficaz no combate a esta praga.
Essas 536 intervenções foram resultado de 876 solicitações da população, conforme informações fornecidas à Lusa pela autarquia da Área Metropolitana do Porto.
O mês de setembro registou o maior número de pedidos, devido à época ainda quente, quando os ninhos tornam-se mais visíveis e de maiores dimensões. Em contrapartida, março foi o mês com menos alertas.
O município destaca que as freguesias de Leça do Balio, Senhora da Hora e São Mamede Infesta foram as mais afetadas, concentrando cerca de 50% das solicitações de intervenção.
Para um combate mais eficiente contra a vespa asiática, a Câmara de Matosinhos optou por adotar uma nova técnica de eliminação dos ninhos, baseada no envenenamento.
Utilizando uma cana extensível em fibra de carbono, os técnicos da Proteção Civil, devidamente treinados para operar o equipamento, injetam inseticidas nos ninhos, resultando na morte das vespas.
A autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro, adquiriu 12 canas extensíveis de carbono e os produtos químicos correspondentes no final do ano passado. Com esta nova metodologia, o município busca aumentar a capacidade de resposta, reduzir o tempo de espera e elevar a satisfação da população.
O objetivo da câmara é estender a formação às uniões de freguesias, por meio das Unidades Locais de Proteção Civil, a partir de maio.
O primeiro ninho de vespa asiática detetado em Matosinhos foi em 25 de julho de 2013. A vespa velutina, originária de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, entrou na Europa em 2004 através do porto de Bordéus, em França. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, agravando-se a situação a partir do final de 2012. A espécie distingue-se da vespa europeia pela coloração predominantemente preta do abdómen.