
Incêndio entre Penafiel e Gondomar com três frentes ativas e populações em risco
31/07/2025Incêndio entre Penafiel e Gondomar com três frentes ativas, situação crítica em Canelas e avião Canadair amarou de emergência no Douro
O incêndio que deflagrou na manhã de terça-feira na freguesia da Capela, em Penafiel, e que rapidamente se alastrou ao concelho de Gondomar, continua fora de controlo, com três frentes ativas e vários focos de preocupação, nomeadamente em Canelas (Penafiel), onde a situação é descrita como crítica.
Segundo o comandante dos bombeiros Joel Castro, às 15h00 desta quinta-feira o fogo mantinha uma frente ativa em Penafiel e duas em Gondomar (zona de Melres). As chamas já consumiram “uma área considerável” de mato, e os operacionais estão a ser reposicionados para proteger as localidades de Vilarinho e Moreira, em Gondomar.
Em Canelas, a população denuncia a ausência de meios de combate ao incêndio no local, estando apenas presentes militares da GNR, que deram ordem para evacuar as habitações por precaução. Mesmo sem apoio operacional direto, moradores têm tentado conter as chamas com os próprios meios, utilizando mangueiras e baldes de água para proteger as suas casas.
No total, o dispositivo no terreno é composto por 215 operacionais e 65 viaturas, mas a dispersão das frentes está a colocar enorme pressão sobre os recursos disponíveis.
Durante a tarde desta quinta-feira, um avião de combate a incêndios do tipo Canadair que apoiava o combate ao fogo em Gondomar foi forçado a amarar de emergência no rio Douro, devido a uma alegada avaria mecânica, avança a SIC Notícias. Não há registo de feridos, e as autoridades estão a investigar o incidente.
Entretanto, o presidente da Câmara de Gondomar, Luís Filipe Araújo, assegurou que mais meios aéreos estão a caminho, sublinhando que o reforço é fundamental, numa altura em que os operacionais no terreno já estão em esforço máximo.
O alerta para o incêndio foi dado pelas 09h26 de terça-feira, e desde então o fogo tem progredido rapidamente, impulsionado por temperaturas elevadas, vento forte e vegetação seca. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou esta quinta-feira grande parte do país em perigo máximo de incêndio rural, incluindo os distritos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro.
As autoridades continuam a apelar à população para que mantenha a calma, colabore com as indicações da proteção civil e evite deslocações para as zonas afetadas. O combate às chamas prossegue com várias frentes críticas, numa das mais complexas operações de resposta a incêndios deste verão.
Foto: DR