Filipe Araújo acusa Governo de olhar para o Porto “através do Google Maps” e critica ausência nos bairros

O candidato independente à Câmara Municipal do Porto com o apoio do PAN, Filipe Araújo, acusou esta terça-feira o Governo de desconhecer os problemas da cidade e de conduzir uma campanha distanciada da realidade dos cidadãos. “O que hoje em dia acontece, e vê-se isso nas campanhas, é que há um partido do Governo que olha para o Porto através do Google Maps”, afirmou durante uma ação de campanha no Bairro de Campinas, em Ramalde.

Filipe Araújo, atual vice-presidente da autarquia e cabeça de lista do movimento Fazer à Porto, criticou a falta de presença do Governo em zonas sensíveis da cidade. Recuperando a visita matinal ao Bairro da Pasteleira, apontou a ausência de respostas estatais em locais marcados por problemas sociais como o tráfico de droga, sublinhando que “a única entidade que de facto esteve lá presente foi o município do Porto”.

Segundo o candidato, foi a autarquia que assumiu responsabilidades, promovendo investimentos como a instalação de videovigilância, vedação de áreas problemáticas e apoio às forças de segurança, incluindo a entrega de viaturas à PSP. Em contraste, acusou o Governo de nunca ter assumido um papel ativo na resposta a esses desafios.

Na crítica à atuação dos partidos, Araújo acusou o partido do Governo de fazer uma campanha “de toca e foge”, sem tempo para ouvir os portuenses, e apontou também ao Partido Socialista, dizendo que este se encontra “completamente perdido numa lógica de sobrevivência, a prometer tudo a todos”. Advertiu ainda que tais promessas ou acabarão por falhar aos cidadãos ou conduzirão a Câmara à falência.

Reforçando o caráter independente da sua candidatura, Filipe Araújo disse que o movimento Fazer à Porto se diferencia por colocar a resolução dos problemas das pessoas no centro da ação política. “Não podemos voltar atrás, ao tempo dos partidos que a única coisa que viam era mais uma vitória, mais uma bandeira na noite eleitoral”, defendeu.

As eleições autárquicas realizam-se no próximo domingo. O executivo municipal atual é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, com a oposição representada por dois vereadores do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

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