Cultura em Expansão dinamiza cidade do Porto com forte participação comunitária

18/06/2025 0 Por Angelo Manuel Monteiro

O programa municipal Cultura em Expansão está de regresso com uma nova edição marcada pela descentralização, cocriação e uma forte dimensão comunitária. Entre maio e julho, o projeto promove 12 criações artísticas com a participação ativa de dez comunidades locais, totalizando 28 apresentações públicas em 11 espaços diferentes da cidade do Porto.

A programação abriu oficialmente na terça-feira, 17 de junho, com o espetáculo 2000 A.D., de Samuel Úria, no Museu do Porto – Reservatório. O músico apresentou uma reflexão crítica sobre o presente e o futuro, num formato que cruza intervenção e poesia.

Esta edição destaca-se pela apresentação dos primeiros projetos selecionados através de open call, reforçando o compromisso com a participação dos cidadãos na criação artística.

Projetos em destaque

“Memórias de um Corpo”, do Balleteatro, une alunos do curso profissional de dança e o grupo sénior do Centro Comunitário do Monte Pedral, num trabalho intergeracional sobre memória corporal.
“Terracota que à terra volta”, com a Soalheira – Associação Social de Cultura Ambiental, propõe criações coletivas em cerâmica, com moradores e utentes do Asas de Ramalde.
“Conjunto d’Alegria” continua a animar o Bairro da Pasteleira com canto e percussão tradicional, em parceria com as Adufeiras da Casa do Povo do Paúl, no âmbito do projeto Desassossegar 2.0.
O TUP e o coletivo silentparty desenvolvem “Um corpo é uma forma”, uma peça sobre espaço público e desigualdade, com apresentações entre 3 e 12 de julho.
“O Meu Primeiro Paninho”, do coletivo Bebé em Cena, dirige-se à primeira infância, com estreia a 19 de julho no espaço O Lugar.
Em Campanhã, Mariana Correia Pinto estreia “Uma rua de cada vez” (26 de julho), uma narrativa sobre habitação e resistência quotidiana.
O projeto “Mulheres em Cena”, no Bairro Pinheiro Torres, junta utilizadoras do Programa de Consumo Vigiado e vizinhas, sob direção de Alice Guerreiro, com ações a 28 de junho e 26 de julho.
Em Aldoar, “IRM_A” junta mulheres ciganas e artistas em práticas culturais partilhadas. A primeira ação, O Som que viaja, acontece a 5 de julho no Museu Nómada – Longo Drom.
“Maré”, da cooperativa Sons Vadios, presta homenagem às comunidades piscatórias com música, poesia e vídeo, com apresentação a 26 de junho na Pasteleira.
Por fim, o encontro público “Encruzilhada CEP”, no UPTEC Baixa, encerra o ciclo de verão com partilhas do projeto CEP: Corpografias Escreviventes Pretuguesas, de Rafael Campos.