Comerciantes da Póvoa de Varzim Apagam Montras em Protesto Contra Falta de Decoração de Natal

Comerciantes da Póvoa de Varzim Apagam Montras em Protesto Contra Falta de Decoração de Natal

08/12/2025 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Em protesto contra a ausência de iluminação e decoração natalícia na cidade, vários comerciantes da Póvoa de Varzim decidiram esta semana apagar as luzes das suas montras entre as 18h00 e as 19h00. A iniciativa foi organizada pela Associação Comércio Ar Livre (ACAL) e pretende alertar para aquilo que descreve como “o crescente desinvestimento e falta de apoio ao comércio tradicional ao longo dos últimos anos”, divulgou o Porto Canal.

Num comunicado enviado às redações, a ACAL sublinha que o comércio local “mantém vida na cidade todos os dias do ano”, mas que nesta época, que deveria ser de “união, alegria e dinamização das ruas”, muitos comerciantes sentem que foram “esquecidos”. “Precisamos que a cidade brilhe connosco”, apelou a associação.

O protesto teve o seu ponto central na Rua da Junqueira, considerado o principal eixo comercial da Póvoa de Varzim, e foi descrito como um “pedido de diálogo e compromisso para que, nos próximos anos, a cidade volte a valorizar o seu comércio de proximidade”.

A ACAL recorda que os comerciantes da zona têm investido de forma contínua em vitrinas, serviços e na experiência de cliente, contribuindo diariamente para a qualidade do ambiente urbano e para a economia local, especialmente durante o Natal, considerado o período mais crítico do ano para muitas pequenas empresas. No entanto, acusam que “o poder público e as entidades responsáveis pela promoção da cidade não têm correspondido ao esforço”.

A associação alertou ainda para “o risco de algumas lojas não conseguirem resistir a mais um final de ano fraco”, defendendo que “uma cidade que não cuida do seu comércio apaga o seu futuro”. Num segundo comunicado, a ACAL frisou que a iniciativa “não pretendeu responsabilizar o atual executivo pela falta de iniciativas, iluminação e decorações de Natal no presente ano”, garantindo que o objetivo foi apenas chamar a atenção para o problema e abrir espaço ao diálogo.

Foto: M/Semanário