
Área Metropolitana do Porto Reforça Exigências aos Operadores da Rede Unir
27/01/2024O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) anunciou nesta sexta-feira que, a partir de fevereiro, intensificará as exigências aos operadores da Unir, a nova rede de autocarros da região, para garantir o cumprimento das diretrizes estabelecidas.
“Estando estabilizados os conhecimentos da realidade e as adaptações necessárias, agora temos que reforçar as exigências aos operadores, uma vez que são eles que estão no terreno a tratar da operação”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas, após a reunião do Conselho Metropolitano do Porto.
Após o lançamento da nova rede Unir em 1 de dezembro, é hora de avançar para uma nova fase, após a etapa de transição e ajustamento, revelou o autarca. Ele informou que, entre os cerca de 700 autocarros em operação, ainda existem cerca de 100 sem validador.
Eduardo Vítor Rodrigues, também líder da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, destacou que os operadores vencedores dos concursos devem cumprir com seus compromissos, incluindo a instalação dos validadores.
“Os validadores são fundamentais para contabilizar as pessoas que utilizam os autocarros e para perceber que algumas linhas e horários podem não ter sentido devido à falta de procura”, acrescentou.
A operação da Unir, que começou a operar em toda a região em 1 de dezembro, após anos de litígio nos tribunais com os operadores anteriores, tem sido marcada por protestos dos passageiros, com atrasos, carreiras não cumpridas e falta de informação sendo as principais queixas.
Reconhecendo problemas iniciais, especialmente nos lotes com mudança de operador, o autarca enfatizou que a AMP não concebeu a rede, que foi elaborada pelos municípios.
“É preciso lembrar que a Unir teve um caderno de encargos desenhado e montado pelos municípios, que ainda não está totalmente implementado por falta de motoristas e autocarros suficientes das empresas vencedoras do concurso”, sublinhou.
Apesar dos desafios, o presidente da AMP expressou orgulho na revolução que está ocorrendo no transporte público rodoviário na Área Metropolitana do Porto e destacou a necessidade de intervir nos lotes com dificuldades, mencionando que alguns, como Matosinhos, têm apresentado um desempenho satisfatório.
Durante a reunião, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, manifestou um “profundo descontentamento” em relação à operação, destacando a falta de evolução positiva no lote 5, que inclui Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Arouca, São João da Madeira e Vale de Cambra.
Após dois meses do início da operação, o lote 5 tem sido marcado por “autocarros velhos, supressão de horários e centenas de pessoas nas paragens sem solução”, afirmou o autarca. O presidente do Município de Vale de Cambra, José Silva, também criticou a operação, apontando linhas ineficazes e horários não cumpridos que afetam a rotina das pessoas.
Eduardo Vítor Rodrigues ressaltou que o lote 5 enfrenta desafios porque o operador não está conseguindo iniciar suas operações tão eficientemente quanto os outros.
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