
Alta velocidade pode obrigar à expropriação de 135 imóveis em Vila Nova de Gaia
18/08/2025O projeto da linha de alta velocidade ferroviária (TGV) volta a gerar polémica em Vila Nova de Gaia. Segundo estimativas preliminares, o traçado poderá implicar a demolição ou expropriação de cerca de 135 habitações e unidades industriais, um cenário que tem motivado preocupações entre moradores, empresários e autoridades locais.
A Câmara Municipal de Gaia já manifestou a necessidade de clarificação por parte da Infraestruturas de Portugal (IP), exigindo garantias quanto à minimização dos impactos sociais e económicos do projeto. O município afirma estar disponível para colaborar na procura de soluções que conciliem a modernização ferroviária com a proteção do tecido habitacional e empresarial da região.
O Governo defende que a linha de alta velocidade é um investimento estratégico para a competitividade do país, com benefícios ao nível da mobilidade, da coesão territorial e da sustentabilidade ambiental. Contudo, admite que haverá “impactos inevitáveis”, comprometendo-se a assegurar processos de expropriação justos e transparentes.
Em Gaia, as associações de moradores e representantes empresariais têm vindo a solicitar reuniões com responsáveis governamentais, alertando para o risco de desagregação de comunidades locais e perda de postos de trabalho.
Enquanto prosseguem os estudos técnicos, a autarquia e a população aguardam mais informações oficiais, entre a expectativa pelo progresso prometido e a resistência ao que muitos consideram ser um custo demasiado elevado para a cidade.
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