Conselho Metropolitano do Porto impede ilegalmente acesso de jornalistas à reunião inaugural

O Conselho Metropolitano do Porto (AMP) está no centro de uma controvérsia depois de ter impedido, de forma considerada ilegal, o acesso de jornalistas à sua primeira reunião do mandato, realizada esta segunda-feira para a eleição do novo presidente e vice-presidentes. A decisão violou a legislação que determina a publicidade e transparência deste tipo de sessões, gerando imediata reação dos profissionais de comunicação social.

Os repórteres presentes no local foram barrados à entrada e apresentaram de imediato uma queixa ao Sindicato dos Jornalistas, denunciando o bloqueio como uma tentativa injustificada de limitar o escrutínio público. A direção da AMP divulgou posteriormente um comunicado, mas não explicou por que razão decidiu fechar portas num momento institucionalmente relevante e, por norma, aberto à comunicação social.

A atitude é vista como um mau prenúncio para o novo ciclo político da Área Metropolitana do Porto, cuja liderança ficou entregue a Pedro Duarte, eleito presidente para o mandato 2025-2029, acompanhado pelos vice-presidentes Amadeu Albergaria e Margarida Belém. Num contexto em que a transparência é cada vez mais exigida pelas comunidades locais, a opção pela opacidade na primeira reunião oficial levanta sérias dúvidas sobre o compromisso do novo executivo metropolitano com a fiscalização democrática.

A polémica instalou-se, assim, logo no arranque do mandato, com críticas de falta de transparência e de violação dos princípios que regem a relação entre instituições públicas e imprensa, essenciais ao funcionamento saudável da democracia.