CDU exige restabelecimento da ligação fluvial entre Porto e Gaia suspensa no domingo

As concelhias da CDU do Porto e de Vila Nova de Gaia exigiram esta terça-feira o restabelecimento da ligação fluvial no rio Douro entre os dois concelhos, após a sua suspensão no domingo.

Em comunicado, a coligação sublinha que esta travessia — retomada em junho no âmbito de um projeto-piloto da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) — desempenha um papel “relevante” na ligação entre as populações das duas margens do Douro.

Segundo a CDU, o período experimental comprovou a existência de procura suficiente para justificar a continuidade do serviço, que deve ser reposto de forma definitiva. “Passadas as eleições autárquicas, o serviço está novamente suspenso, descredibilizando o projeto (que naturalmente precisa de fiabilidade) e dificultando a vida a todos aqueles que alteraram os seus hábitos passando a utilizar este meio de transporte”, criticou a coligação.

A CDU defende que seja prorrogado o contrato estabelecido aquando da reposição da travessia, evitando uma nova interrupção, enquanto a TMP define “com urgência” os termos da continuidade do serviço e reforça as condições de conforto para os utilizadores.

Os comunistas consideram ainda que, numa solução definitiva, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) deverá assumir um papel central na gestão desta ligação fluvial. “Os eleitos da CDU tudo farão para instar os municípios do Porto e de Vila Nova de Gaia a assumirem uma posição ativa para impedirem a nova suspensão desta travessia”, garantem.

Na sua página oficial, a TMP confirmou que a ligação fluvial entre o Cais do Ouro (Porto) e a Afurada (Gaia) foi suspensa no domingo, após um período experimental de quatro meses. A empresa explicou que o objetivo da iniciativa foi testar a viabilidade e o interesse do público nesta nova opção de transporte entre as duas cidades.

De acordo com a TMP, entre julho e setembro foram registadas mais de 22 mil validações, número que demonstra uma adesão significativa por parte de residentes e visitantes.

Com o fim da fase experimental, a empresa prepara agora um relatório técnico-financeiro e operacional, que será apresentado aos novos executivos municipais do Porto e de Gaia, servindo de base para uma decisão conjunta sobre o futuro da travessia fluvial.

Foto: DR