
Pedro Duarte propõe demolir Edifício Transparente se vencer eleições no Porto
15/09/2025O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL à Câmara do Porto, Pedro Duarte, anunciou na passada semana que, caso seja eleito, pretende demolir o Edifício Transparente até à cota da estrada, mantendo apenas na parte inferior um “apoio de praia” com escolas de surf, lojas comerciais e esplanadas.
Segundo Pedro Duarte, “Aquilo que nós vamos fazer, em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que também tutela aquela área, é promover a demolição de todo o edifício até à cota da estrada, depois de terminada a sua concessão no próximo ano.” O edifício atual cria uma barreira inexplicável entre o Parque da Cidade do Porto e o mar. “Do ponto de vista paisagístico e urbanístico, aquilo é uma aberração”, acrescentou.
A proposta inclui a requalificação da orla costeira, tornando-a mais aprazível e frequentada pelas pessoas, num espaço que, segundo o candidato, “não é tão aproveitado quanto deveria”. Quanto aos custos, garantiu que “não é nada de significativo”.
O Edifício Transparente, projetado pelo arquiteto catalão Solà-Morales, foi construído no âmbito da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura e concessionado em junho de 2004 por 20 anos, com prorrogação até 2026. O Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE), em vigor desde 2021, prevê a demolição da estrutura até 2028, inserida na proteção da Praia Internacional.
Além desta medida, Pedro Duarte defende tornar o Porto uma cidade mais verde e amiga do ambiente, propondo plantar 15 mil árvores e criar novos jardins públicos.
As eleições autárquicas para a Câmara do Porto estão marcadas para 12 de outubro. Concorrerão, entre outros, Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU), Nuno Cardoso (Porto Primeiro), Pedro Duarte (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), Filipe Araújo (independente) e vários outros candidatos de partidos e movimentos diversos.
O atual executivo municipal é liderado pelo movimento de Rui Moreira, com seis eleitos, complementado por uma vereadora independente, enquanto os restantes mandatos são distribuídos entre PS, PSD, CDU e BE.
Foto: DR- PSD