Fecho de unidades da Polopiqué deixa quase 300 trabalhadores de Santo Tirso sem salários e sem emprego

Quase 300 trabalhadores de duas unidades da Polopiqué em Santo Tirso ficaram esta terça-feira sem emprego, após a empresa anunciar o encerramento das fábricas dedicadas ao fabrico de vestuário e tecelagem. A decisão motivou um protesto de dezenas de funcionários que exigiam o pagamento de salários em atraso e esclarecimentos sobre os seus direitos.

Os trabalhadores afirmam que, além dos vencimentos em atraso, ainda não receberam os documentos necessários para aceder ao fundo de desemprego, situação que aumenta a incerteza e a preocupação entre os profissionais afetados.

A administração da Polopiqué garantiu que todos os direitos laborais serão respeitados, mas não forneceu uma data concreta para a regularização dos pagamentos e a entrega da documentação.

Esta semana, o jornal ECO revelou que o grupo têxtil Polopiqué iniciou um processo de reestruturação profunda para responder à quebra de receitas sentida nos últimos anos, agravada este ano.

O plano passa pelo encerramento de duas fábricas, reestruturação de dívida com a banca, venda de ativos e concentração nos negócios que geram maior rendimento operacional.

O protesto decorreu de forma pacífica, com os trabalhadores a apelarem a uma solução rápida que lhes permita assegurar estabilidade financeira, enquanto representantes sindicais acompanham a situação e procuram mediar o diálogo entre a empresa e os funcionários.

Foto: DR – Polopiqué