Hospital de Arouca Nega Atendimento de Urgência a Paciente

Hospital de Arouca Nega Atendimento de Urgência a Paciente

26/07/2024 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Uma mulher de Castelo de Paiva, mãe de um bebé e uma criança pequena, enfrentou uma situação de desconformo ao ver seu pedido de atendimento de urgência ser negado no hospital do centro de saúde de Arouca. A recusa foi inicialmente justificada pela rececionista com a exigência de contacto prévio com o SNS24, o serviço nacional de saúde responsável pela gestão das urgências médicas.

Após a resposta negativa, a mulher tentou contactar o SNS24, que lhe deu instruções para regressar a Castelo de Paiva para uma consulta aberta, apesar de estar em Arouca. Alegando sintomas graves, como desmaio e fraqueza, e a urgência da situação, a utente insistiu para ser atendida no local onde se encontrava. Só após persistência e relatar uma condição de saúde debilitada, o SNS24 decidiu autorizar o atendimento no hospital de Arouca.

Ao ser finalmente atendida, foi constatado que a mulher apresentava pressão baixa e, neste momento, encontra-se sob observação médica. Além disso, foi informado que a utente necessitaria de ir a uma farmácia para adquirir uma injeção e, posteriormente, regressar ao centro de saúde de Castelo de Paiva para a administração do medicamento, o que complicou ainda mais o atendimento.

A verdade é que atualmente o hospital de Arouca não oferece atendimento de urgência da mesma forma que outros hospitais da região, como Penafiel, Santa Maria da Feira e São João da Madeira, que possuem um sistema de urgência mais estruturado e não exigem contacto prévio com o SNS24 para todos os casos.

A situação levanta preocupações significativas sobre o acesso ao atendimento de urgência na região. O hospital de Arouca, que estava a ser consolidado como uma alternativa viável para os habitantes de Castelo de Paiva, enfrenta críticas devido à exigência de contacto prévio, o que cria barreiras adicionais para utentes em situações de urgência, especialmente para aqueles com dificuldades cognitivas para realizar o contato telefónico.

Enquanto isso, o hospital de Penafiel, a única alternativa sem esta exigência, está frequentemente sobrecarregado, resultando em tempos de espera que podem ultrapassar metade de um dia. Esta sobrecarga contribui para um aumento do desconforto e possível agravamento do estado de saúde dos pacientes, destacando a necessidade urgente de revisão dos procedimentos de emergência e ampliação dos recursos disponíveis para garantir um atendimento eficaz e acessível a todos.

Foto: DR