Portugueses vão hoje ás urnas para eleger 230 deputados

Este domingo, 10 de março, os eleitores portugueses participam em eleições antecipadas, após o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa dissolver o Parlamento em janeiro. O primeiro-ministro, António Costa, pediu a demissão depois de saber que é visado numa investigação autónoma pelo Supremo Tribunal de Justiça por causa dos negócios do lítio e do hidrogénio verde. Em causa estão suspeitas de crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência.

Na ocasião, António Costa afirmou que “a dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição sobre a sua integridade e boa conduta e menos ainda com a suspeita de de qualquer ato criminal”. Foram estas as razões invocadas para pedir a demissão.

A votação deste fim de semana promete ser disputada entre os socialistas, que lideram o país há oito anos, e a direita, que ganhou força nos últimos meses marcados por investigações de irregularidades envolvendo o atual governo..

Uma pesquisa eleitoral recente do jornal “Político” sugere que a coligação de direita Aliança Democrática (AD), composta pelo Partido Social Democrata (PSD), Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM), deve conquistar a maioria das cadeiras do hemiciclo, com uma intenção de voto que chega a 34%, em comparação com os 28% do Partido Socialista (PS).

Outro estudo dá conta de que a extrema-direita deve desempenhar um papel crucial na formação do novo governo, numas eleições que são consideradas as mais imprevisíveis dos últimos anos.