Incêndio em Gondomar mantém três frentes ativas: população queixa-se de falta de meios aéreos, Governo rejeita críticas

O incêndio que deflagrou ao final da tarde de ontem no concelho de Penafiel e que rapidamente se alastrou ao município vizinho de Gondomar continua fora de controlo, mantendo-se com três frentes ativas, segundo o mais recente balanço feito esta manhã pelo comandante das operações de socorro, Joel Castro.

“As frentes ativas localizam-se em duas zonas de Vilarinho e Melres, no concelho de Gondomar, e uma em Penafiel, onde teve início o incêndio”, afirmou Joel Castro. O responsável acrescentou que “há meios posicionados em cada frente para tentar conter o avanço das chamas”, embora as condições meteorológicas adversas estejam a dificultar os trabalhos.

A situação tem gerado preocupação junto das populações locais, que se queixam da falta de meios aéreos no combate ao fogo. “Vemos os bombeiros a esforçarem-se, mas sem helicópteros ou aviões é impossível controlar isto”, lamentou um residente de Melres, uma das localidades mais afetadas.

Perante as críticas, o Governo veio a público refutar a ideia de inação, garantindo que todos os meios disponíveis estão a ser mobilizados de acordo com o plano nacional de proteção civil. “Há uma gestão criteriosa dos recursos, tendo em conta os vários incêndios ativos no país. Os meios aéreos estão a ser utilizados de forma estratégica e não se pode estar em todo o lado ao mesmo tempo”, esclareceu fonte oficial do Ministério da Administração Interna.

As autoridades mantêm o alerta máximo e apelam à população para seguir as instruções das forças de segurança e colaborar com os operacionais no terreno. O combate ao incêndio prossegue com centenas de bombeiros, veículos terrestres e, segundo as previsões, reforço de meios durante o dia.

A proteção civil não descarta a possibilidade de evacuações preventivas em zonas como Vilarinho e Melres, caso a situação se agrave nas próximas horas.